As maiores rebanhos de bodes, cabras e cabritos (caprinos) e ovelhas, carneiros e borregos (ovinos) estão na Bahia, que também é destaque na extração de carvão vegetal e em criação de florestas para produção de madeira, segundo aponta a Pesquisa da Produção da Pecuária Municipal (PPM) 2016, divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento contempla os principais efetivos dos rebanhos, a produção de origem animal e a produção da aquicultura brasileira.
Quem lidera o número de caprinos e ovinos é o município de Casa Nova, com 468.258 caprinos, ou 4,8% do total nacional, e 408.526 ovinos, ou 2,2% do total nacional. Já o município Paulo Afonso, também na Bahia, é destaque entre os municípios como o mair produtor brasileiro de peixes jovens (alevinos), com 112.786 milheiros.
O efetivo brasileiro de ovinos (ovelhas, carneiros e borregos) foi de 18,43 milhões de cabeças em 2016, com variação positiva de 0,1% em relação a 2015. A região Nordeste também tem a maior concentração desses animais, com 63,0% do rebanho nacional, seguida pela região Sul, onde estão 23,9% do efetivo de ovinos.
A Bahia detém o maior plantel, 3.497.190 animais ou quase 1 a cada 5 ovinos brasileiros (19,0%). O estado está praticamente empatado com o Rio Grande do Sul, onde estão 3.496.904 ovinos também cerca de 1 a cada 5 (19,0%). Pernambuco e Ceará aparecem em seguida com, respectivamente, 13,4% e 12,6% do total nacional.
O efetivo nacional de caprinos (bodes, cabras e cabritos) foi de 9,78 milhões de cabeças em 2016, representando um crescimento de 1,7% em comparação a 2015.
A região Nordeste abriga 93,0% do rebanho brasileiro de caprinos: 9,09 milhões de cabeças, 2,1% a mais do que em 2015. Bahia (28,0%) e Pernambuco (25,5%) são os líderes em efetivos de caprinos, seguidos por Piauí (12,6%) e Ceará (11,6%). Os quatro estados citados responderam por 77,7% do efetivo nacional de caprinos.
Dentre os 50 municípios com os maiores efetivos de caprinos, 22 são baianos e 20 são pernambucanos. Casa Nova/BA continuou apresentando a maior quantidade de animais em 2016 (468.258 animais ou 4,8% do total nacional), seguido por Floresta/PE (336.700 animais), Petrolina/PE (238.000) e Juazeiro/BA (211.133).
A produção de alevinos foi de 1.134,22 mil milheiros em 2016, 14,2% maior que a de 2015. A região Sul foi a principal produtora de alevinos (31,2%), seguida pelas regiões Nordeste (28,1%), Sudeste (16,6%), Centro-Oeste (13,8%) e Norte (10,3%).
A Bahia é terceiro estado produtor de alevinos, com 11,2% do total nacional (ou 131.512 milheiros), mas Paulo Afonso foi o principal produtor nacional com 112.786 milheiros – quase 1 em cada 10 existentes no país, ou 9,6% do total. Em seguida aparecem Toledo (PR), com 57.778 milheiros, e Palotina (PR), com 40.300 milheiros.
Quando se leva em consideração os estados, o Paraná continuou liderando a produção de alevinos em 2016, com 22,1% do total do país (259.719 milheiros), seguido por São Paulo (11,4% da produção nacional ou 133.581 milheiros).O estado da Bahia ainda aparece no levantamento como o terceiro em efetivo de equinos, com 481.869 animais (8,6% do total de 5.577.539 no país), atrás apenas de Minas Gerais (762.006 animais, ou 13,7% do efetivo nacional) e Rio Grande do Sul (537.159 animais ou 9,6%).
O efetivo nacional de equinos foi de 5,58 milhões de cabeças em 2016, registrando um aumento de 0,5% em relação ao observado em 2015. A região Nordeste apareceu na primeira posição, com 23,2% do rebanho nacional, seguida pelas regiões Sudeste (23,2%), Centro-Oeste (20,0%), Sul (17,5%) e Norte (16,1%).
A pesquisa do IBGE ainda aponta uma queda no número de cabeças de gado de 3,8% na Bahia, por conta da seca.
Além disso, o levantamento aponta que os municípios de Xique-Xique e Baianópolis lideram a extração de carvão vegetal e de lenha. A Bahia surge, ainda como o terceiro estado em criação de florestas para produção de madeira.
Reprodução/G1