Bahia

MP recomenda mudanças no Carnaval do Santo Antônio Além do Carmo

O parecer foi enviado no dia 7 deste mês, com sugestões relacionadas aos trajetos, cumprimento de horários, limites sonoros e lixo produzido durante a festa, com destinação à coleta das cooperativas de catadores

Esperança Gadelha / Reprodução Facebook
Esperança Gadelha / Reprodução Facebook

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) recomendou à Prefeitura de Salvador mudanças na organização do Carnaval de 2024 realizado no bairro de Santo Antônio Além do Carmo.

O parecer foi enviado no dia 7 deste mês, com sugestões relacionadas aos trajetos, cumprimento de horários, limites sonoros e lixo produzido durante a festa, com destinação à coleta das cooperativas de catadores.

No documento, o MP-BA indicou que o Município “observe” a legislação em relação aos horários dos eventos e aos níveis de ruído no Santo Antônio, evitando que os desfiles dos blocos aconteçam nas mesmas datas de eventos de grande adesão popular, como o Carnaval, tornando possível o livre acesso de pessoas e veículos nas quadras residenciais do bairro.

Além disso, o órgão cita a redução do número de participantes dos blocos. Em caso de impossibilidade, que seja realizada então a diminuição do número de agremiações carnavalescas que participarão dos desfiles. Blocos como De Hoje a Oito, Urso da Meia Noite e Gravata Doida são conhecidos por saírem pelo bairro.

O Carnaval no Santo Antônio é alvo de discordância por parte dos moradores há muitos anos, devido ao inesperado crescimento da folia no local, que é considerado patrimônio mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Em 2019, a Prefeitura de Salvador proibiu a utilização de trios, minitrios e carros de som nas ruas da região. 

As reclamações são citadas pelo MP-BA no documento, o qual diz que “grande parte dos moradores e comerciantes daquele bairro não concorda com o formato que o Carnaval do Santo Antônio Além do Carmo passou a ter nos últimos anos com relação ao número de participantes e o impacto negativo que provoca no bairro”.