O pedido de adiamento do julgamento da médica Kátia Vargas, 49 anos, feito nesta terça-feira (3) pela defesa dela, não agradou o Ministério Público da Bahia. Para o promotor Davi Gallo, responsável pelo caso, o adiamento foi uma jogada da defesa para protelar o julgamento. Ele afirmou que se a estratégia se repetir vai pedir a prisão preventiva da médica.
"Fomos informados do pedido de adiamento na manhã desta terça, através de uma petição. Isso é uma falta de consideração. Quem paga pelo julgamento é a sociedade, e ele já está sendo planejado há 90 dias. Se o advogado tinha um compromisso nessa data já deveria ter informado. Não vamos aceitar que ele brinque com esse caso. Se houver um novo pedido de adiamento ou outra medida protelatória, vamos pedir a prisão preventiva de Kátia Vargas", afirmou.
O julgamento estava previsto para acontecer no dia 7 de novembro, mas foi adiado depois que o advogado José Luís Mendes Oliveira Lima, que representa a médica, alegou que estará em outro julgamento na Corte Federal de Justiça Americana, em Nova Iorque, na mesma data.
"Tenho outro julgamento, nos Estados Unidos, na mesma data que o de Salvador. A mudança (do caso Kátia Vargas) é de apenas um mês, então, não vai prejudicar a defesa nem a acusação. Eu também não tenho interesse no adiamento do julgamento porque não quero prolongar o sofrimento da minha cliente", afirmou, nesta terça.
reprodução/Correio24h (AO)