Motoristas de aplicativo realizaram uma manifestação na manhã desta terça-feira (30), no bairro Tancredo Neves, reivindicando as condições trabalhistas. Ainda não houve uma reunião entre a categoria e as direções das plataformas, mas há previsão de uma paralisação nas atividades em Salvador.
“A dificuldade é essa violência, tarifa muito baixa, corridas baratas, e sem falar também que a gente não tem apoio da plataforma. A plataforma acha que a gente é escravo, bota valores muito baixos, a menos de R$1 por km. A gente está marcando uma data que não vai haver ‘Uber’ em Salvador. Vamos organizar”, afirmou Marcos Nascimento, que está na profissão há três anos.
O motorista Atan Gama também participou do ato e denunciou ainda a exploração com os consumidores de baixa renda. “O aplicativo está fazendo com que o pobre menos favorecido pague uma tarifa mais alta do que uma pessoa que mora num bairro nobre”, revelou.
Atam disse ainda que o aplicativo adotou uma espécie de leilão. “Vamos supor, ele cobra R$50 do passageiro, fica com R$30 e passa para o motorista apenas R$20, o valor mínimo para o motorista. E fica tipo um leilão, se o motorista não aceitou, aí o próximo ele acrescenta mais R$3, o outro não aceitou, ele acrescenta mais R$4, mais R$5 e assim vai, até alguém aceitar”, contou.
*Com informações do repórter Paulinho FP
