A Associação dos Moradores de Plataforma (Ampla) solicitou, na última terça-feira (22), o auxílio da Defensoria Pública da Bahia (DP-BA) para a legalização das terras que estão em litígio com a fábrica União Fabril. Os moradores afirmam que a fábrica mantém uma pratica de abuso e extorsão, sem receber nenhum tipo de punição há anos. Uma das representantes da associação, Antônia Garcia, relatou que eles querem que o governo desaproprie a área.
Segundo o defensor público Alex Raposo, do Núcleo Fundiário da instituição, a lei é favorável aos moradores do bairro. O processo está em fase de diligencia. O representante da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Rodrigo Cantalino, informou que o Estado tem uma política de regularização fundiária com as ocupações antigas. A Defensoria também atuará para evitar que moradores que recebam notificações para que deixem os imóveis.
A fábrica foi construída pela família Martins Catharino. Na época, surgiu a Vila Operária, constituída pelos imóveis pertencentes aos empresários que, por sua vez, as concedia para os funcionários da fábrica. Hoje, boa parte dos moradores de Plataforma continua sendo obrigada a pagar uma taxa pela utilização do solo, mesmo aqueles que moram em casas próprias, pois ainda são considerados inquilinos pela família Martins Catharino.
Foto: Reprodução / Metro 1
