O Monitor da Violência divulgou nesta segunda-feira (17) dados que apontam a Bahia com a maior taxa do país de presos provisórios, sendo 49,4%, ou seja, criminosos que aguardam o julgamento encarcerados. Os dados fazem parte de um levantamento exclusivo do G1, dentro do Monitor da Violência, e têm como base informações oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
De acordo com o levantamento, a Bahia possui 6.483 presos provisórios, de um total de 13.125 pessoas presas no estado. Vale ressaltar que o levantamento não inclui regime aberto, medida de segurança, regime domiciliar e presos em delegacias. A Bahia é o 11º colocado entre os estados com mais pesos provisórios. São Paulo lidera a lista, com 48.216 presos provisórios, seguido por Minas Gerais (26.742) e Rio de Janeiro (19.027).
Entretanto, quando comparada quantidade de presos provisório com o total de pessoas presas em cada estado, a Bahia tem o maior índice. Seguido por Ceará (48%), Maranhão (46,3%) e Piauí (45%).
Desde o início da pandemia, em março de 2020, a Bahia registrou 1.177 servidores penitenciários e 748 presos com Covid-19. De acordo com o levantamento do Monitor da Violência, 5,7% dos presos na Bahia foram diagnosticados com a Covid-19. Desde total, três morreram, o que equivale a uma taxa de 0,2 a a cada mil presos.
Já com relação aos servidores que atuam nos presídios, dos 1.177 diagnosticados com a doença, quatro morreram.
Os dados do Monitor da Violência apontam também que a população carcerária diminuiu na Bahia, entre 2020 e 2021. Ano passado, o estado tinha 15.265 presos, frente a 13.125 neste ano. A Bahia possui o menor índice do Brasil, com 12.095 vagas no sistema prisional, e atualmente 13.125 pessoas presas. Isso significa uma superlotação de 8,5%. O Amazonas lidera a taxa, com 196,2%, seguida por Mato Grosso do Sul (165,5%) e Pernambuco (141,4%).