Marta diz que PDDU está na contramão da Campanha da Fraternidade

A vereadora Marta Rodrigues (PT) aproveitou o lançamento da Campanha da Fraternidade 2017, cujo tema é “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, para voltar a criticar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). A legisladora considera que o plano está na contramão do que prega a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

“Enquanto a CNBB apresenta uma discussão totalmente voltada para o meio ambiente, aqui em Salvador temos um PDDU que destrói grande parte da nossa Mata Atlântica”, declara Marta Rodrigues.
Segundo a vereadora, o PDDU prevê a redução de macrozonas ambientais em aproximadamente 4,9 mil hectares e diminui Áreas de Proteção de Recursos Naturais (APRN). Além disso, permite a verticalização indiscriminada na orla e ao redor de áreas ambientalmente sensíveis, bem como a construção da Avenida Atlântica, que passa ao lado do Vale Encantado e corta o Parque Metropolitano de Pituaçu ao meio.

“Esse PDDU acaba corroborando com a prática recorrente de desmatamentos, como o ocorrido em São Marcos, na medida em que não dá exemplo na proteção do meio ambiente e não fiscaliza a atuação dos desmatadores”, disparou. 
A legisladora ainda questionou a escolha da área de proteção permanente Joanes-Ipitanga, nas margens da Represa Ipitanga, último manancial de água potável da cidade que abastece quase metade da região metropolitana de Salvador, para a construção do Hospital Municipal. 

Carta do Papa 

Lançada no dia 1º de março, tem como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”.  Em carta enviada ao Brasil sobre a campanha, o Papa Francisco declarou: “A preservação dos biomas exige a atuação do poder público, ações efetivas do governo, e um modelo de desenvolvimento econômico que não destrua os recursos naturais na busca desenfreada pelo lucro. A campanha necessita de parcerias, reflexões e ações conjuntas”.

Fonte: CMS