Dezenas de pessoas promoveram uma manifestação na manhã desta quarta-feira ,28, em protesto pelo fechamento pelo governo do estado da UPA localizada no bairro de Escada no Subúrbio Ferroviário de Salvador.
Os manifestantes chegaram a fechar as duas pistas da Avenida Suburbana por alguns momentos mas logo em seguida liberaram metade da pista nos dois sentidos.
O secretário de Saúde do Estado, Fábio Villas Boas, em entrevista ao repórter Fabrício Cunha na última segunda, 26, disse que o fechamento da UPA foi uma exigência do Tribunal de Contas do Estado.
Entretanto, o coordenador de jornalismo do programa Ligação Direta, Marcelo Carvalho, solicitou ao Tribunal de Contas do Estado que confirmasse se o fechamento da UPA foi uma exigência do TCE, que desmentiu a versão do secretário Fábio Villas Boas. Leia a Nota do TCE :
TCE/BA não determinou fechamento da UPA de Escada
Em relação à nota intitulada “UPA de Escada fecha e encerra cerca de sete mil atendimentos ao mês”, publicada no último domingo (25.12) em diversos portais da internet, o Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA) esclarece que o Relatório de Auditoria não recomenda o fechamento da UPA de Escada, mas tão somente que se regularize a contratação da entidade que explora o equipamento. A auditoria na prestação de contas do exercício de 2015 da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), que ainda não foi definitivamente julgada pelo Plenário do TCE/BA, apontou a necessidade de regularização do processo de contratação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tipo III, no Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário do município de Salvador/BA.
Assessoria de Comunicação do TCE-BA
O Coordenador de Jornalismo também solicitou um posicionamento oficial da Sesab sobre o fechamento da UPA de Escada. Leia a Nota da Sesab :
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) informa que não é atribuição do Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinar fechamento de unidades. O encerramento do contrato da Sesab com a empresa que fazia a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) de Escada se deveu à inexistência de instrumentos legais que permitam a continuidade da relação contratual, após notificação do TCE da irregularidade da forma atual de contratação. Esta é a única UPA privada do país, sendo que esta condição atípica impediu as adequações jurídicas e contratuais necessárias à continuidade contrato. A Sesab esclarece que não haverá desassistência, visto que a região dispõe de atendimento de urgência e emergência na UPA de Periperi e no Hospital do Subúrbio, em casos mais graves. Além disso, existe ainda atendimento de emergência ginecológica e obstétrica, assistência ao parto e abortamento no Hospital João Batista Caribé e leitos de retaguarda no Hospital Alayde Costa.
Ascom Sesab
Presidente do Sindimed, Francisco Magalhães
Apelo
Na manhã desta quarta-feira, 28, o repórter do Ligação Direta, Fabrício Cunha, entrevistou o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, que fez um apelo dramático ao governador Rui Costa para que não feche a UPA ou transfira o corpo clínico e de funcionários da UPA de Escada para a UPA de Plataforma que está pronta, mas através de uma outra empresa que não seja a Pró Saúde.
O presidente do Sindimed disse que se reunirá amanhã, 29, com lideranças do Subúrbio Ferroviário para decidir quais as providências a serem tomadas para impedir o fechamento da UPA. Segundo informações de pessoas da comunidade, já foi dada entrada numa ação no Ministério Púbico Estadual contra o secretário Fábio Villas Boas pelo fechamento da UPA, que atende 100mil pessoas por ano.
Veja abaixo a matéria do repórter Fabrício Cunha com o presidente do Sindmed, Francisco Magalhães
Por Alberval Figueiredo com colaboração do repórter Fabrício Cunha
Jornalista