Tradicional festa nordestina, o São João chega com muita alegria, mas também alerta para cuidados, visto que os artefatos são explosivos e são manuseados com auxílio do fogo. O major do Corpo de Bombeiros Militar, Marcos Moreira, falou sobre estes cuidados durante o programa Ligação Diretos, na manhã desta quinta-feira (17), na rádio Salvador FM.
Questionado sobre o uso das fogueiras nas portas das casas, principalmente para a população do interior, mesmo com os decretos de proibição durante o período, Moreira observou que a primeira etapa é não montar fogueira embaixo de fiação elétrica. “O perigo é justamente porque o fogo acende de pontos mais baixos para os mais elevados. A prevenção inicia no momento da compra dos fogos e é obrigatório todos os fabricantes colocar a classificação no rótulo”, complementou.
Segundo o major, existem quatro classes de fogos de artificio. A, B, C e D. “A classe A, serve para crianças, a B, para acima de 16 anos, a classe C é adequada para pessoas com 18 anos ou mais e a D, apenas para o blaster, que é o profissional que tem a competência técnica para fazer o uso desses fogos”, recomendou.
O major Marcos Moreira reforçou ainda que crianças devem ser acompanhadas todo o tempo por seus pais, enquanto soltam fogos de artifício ou estão próximos a fogueiras, além disso, não é adequado andar com fogos nos bolsos.
Queimaduras pelo uso incorreto dos fogos
“Estamos muito acostumados a ver nossos avós, especialmente no interior, passarem manteiga, borra de café, entre outros, como primeiros socorros. Isso não é o correto”, alertou.
Marcos Moreira sinaliza ainda que o procedimento correto é lavar com água abundante no local. “Se possível com água corrente e tirar todo o resíduo do local, além disso, não devem estourar as bolhas e de imediato conduzir o individuo ao hospital, pode envolver com gaze, humedecido com agua ou soro e, a depender do percentual de queimadura, o medico vai especificar um tratamento”.