Bahia

Mãe denuncia sumiço da filha há 13 dias em Madre de Deus; ex é suspeito

Segundo relato, pai ficou insatisfeito com decisão da guarda e levou garota

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Jodevânia e a filha desaparecida (Foto: Arquivo Pessoal)A mãe de uma menina de 8 anos, moradora da cidade de Madre de Deus, região metropolitana de Salvador, denuncia que o ex-marido e pai da criança sumiu com a filha desde 8 de julho, após saber da decisão judicial que deu à genitora a guarda da menor. A operadora de telemarketing Jodevânia dos Santos Alves, 38 anos, afirma não ter notícias do paradeiro da filha até esta quinta-feira (21). A Polícia Civil investiga o caso.

A mãe diz que tinha um acordo informal com o pai, em que compartilhavam os cuidados com a criança. A garota estava na casa dele quando ele teria sumido com a menor.

"Fui buscá-la na casa dele, na quinta-feira [7 de julho], ele fez ameaça e disse que ela não queria ir. Fui na polícia, mas nada pode ser feito. No dia seguinte [8 de julho], acredito que ele ficou sabendo da decisão da Justiça em me dar a guarda dela e resolveu fugir. Quando chego em casa do trabalho, desabo. A minha única filha desaparecida", reclama Jodevânia.

Segundo a delegada Simone Moutinho, titular da delegacia de Madre de Deus, o pai é investigado por "subtração de incapaz", crime previsto no artigo 249 do Código Penal. "Não é rapto porque ele é pai da criança", explica. Segundo ela, a polícia fez buscas na cidade e tentou contatos para localizar o pai da garota, mas não obteve nenhuma informação.

"Todos desconhecem o paradeiro dele [pai]. A própria família dele procura e não aprova a conduta dele. Estamos aguardando alguma notícia para poder investigar. Deve ser providenciado um mandado de busca contra ele e a família tem buscado isso na Justiça", afirma a delegada.

Os pais da menina mantiveram um relacionamento por 11 anos e haviam se separado no mês de maio deste ano. Com a separação, o homem saiu da casa onde eles moravam e alugou outro lugar na mesma cidade. A mãe pediu a guarda da menor à Justiça e fez o acordo informal para que o pai também pudesse ficar com a criança. "Ela [a criança] passava quatro dias comigo, três com ele, a gente revezava", diz Jodevânia.

Reprodução/G1