O secretário municipal da Saúde de Salvador, Leo Prates, defende a antecipação da segunda dose da Oxford/Astrazeneca no Brasil. A secretaria afirma que especialistas concordam que a medida aceleraria o processo de imunização, diminuiria casos graves da doença e de internamentos, além de inibir a circulação do vírus.
A proposta da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador é impedir que as segundas doses recebidas antecipadamente do Governo Federal fiquem paradas, armazenadas esperando a data exata da dose de retorno do cartão vacinal (12 semanas) e que a antecipação seja feita apenas no período de 9 a 11 semanas, onde a eficácia cai muito pouco, passando de 80 para 72,3%.
“A estratégia ampliaria a segurança contra a variante delta do coronavírus que já está presente em mais de cem países, inclusive no Brasil. Estamos falando de uma variante que possui característica potencialmente agressiva e altamente transmissível. A eficácia da antecipação é corroborada também por estudo recente divulgado pela revista científica Nature, uma das mais importantes do mundo”, explica Prates.
A situação da capital baiana em relação a segunda dose chama a atenção: das 61 mil doses para serem utilizadas como D2, 48 mil delas só poderão ser utilizadas a partir do dia 22 de julho e de forma gradativa, obedecendo o quantitativo de pessoas aprazadas por dia.
“O grande problema é que os imunizantes encaminhados aos municípios para fechamento do esquema vacinal são “carimbados” pelo Ministério da Saúde, ou seja, sua utilização é recomendada para uso exclusivo do reforço vacinal, então, ficamos impedidos de utilizarmos de forma diferente. Se não podemos utilizá-los como primeira dose, a única alternativa é deixá-los guardados para serem usados no dia exato estabelecido no cartão vacinal de cada indivíduo”, justificou o titular da Saúde.