Por Larissa Couto e Emídio Pinto
O crescimento da violência em alguns bairros de Salvador vem impedindo que motoristas por aplicativo atendam chamadas dos moradores dessas localidades. Ao Ligação Direta, o ouvinte que prefere não ser identificado, reclamou sobre o cancelamento de viagens para o bairro da Fazenda Grande do Retiro.
"O pessoal está se negando a levar os passageiros aqui da Fazenda Grande por conta da violência no bairro. Não julgo eles, mas gostaria de pedir imensamente a todos vocês que ouvem a Salvador FM que por acaso tenha alguém envolvido de assaltar os carros, deixe o motorista de aplicativo trabalhar", disse o ouvinte.
O repórter Emídio Pinto conversou com o motorista por aplicativo Edson Dos Santos Alves que além de confirmar a criminalidade, fez outros alertas. "Nós estamos deixando de atender alguns bairros, pois muitos são como bomba relógio, tá aqui tranquilo e daqui a pouco o pau quebra. Então estamos evitando alguns bairros como Engenho Velho da Federação, que tá um tiroteio constante, São Caetano e outros", falou.
O influencer digital e também motorista Claudio Sena, ratificou a violência nos bairros de Salvador. "Todas as noites e madrugadas, motoristas são assaltados na ladeira Candinho Fernandes e também na ladeira do Retiro. Entre uma e outra tem uma comunidade ali chamada Calafate e eles saem daquela região, da rua do Horto, atras do Gbarbosa e atacam", informou. O motorista disse também já ter sofrido assaltos na região.
Claudio, assim como Edson, afirma que a criminalidade acontece também em outros pontos da cidade. "A cidade tem sido assolada por um crescente número de confrontos entre gangues rivais. Recentemente estourou um problema ali no complexo do Nordeste de Amaralina. Plataforma é um bairro que se evita também. Lobato é outro bairro, Cajazeiras também", relatou.
O LD Notícias entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA), que informou em nota ter reforçado o patrulhamento das polícias Militar e Civil no local. O órgão disse ainda que os motoristas e passageiros registrem os casos em Delegacias Territoriais (DTs), para que medidas possam ser tomadas.