A Justiça condenou um homem identificado como José Antônio dos Santos, conhecido como "Tuca", por desmatamento ilegal em uma área de preservação ambiental no Cinturão Verde, no Polo Industrial de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador. A decisão foi tomada no último dia 10, em julgamento presidido pela juíza Bianca Gomes da Silva, com a acusação apresentada pelo promotor de Justiça Luciano Pitta.
Segundo o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), responsável pela denúncia, Tuca explorou economicamente a área de preservação de forma ilegal. O crime foi descoberto após uma guarnição da Polícia Militar atender a um chamado sobre desmatamento na região. No local, a polícia encontrou nove homens usando motosserras e galões de combustível, além de três veículos – um trator, um caminhão e uma kombi. Os trabalhadores afirmaram que estavam retirando árvores a mando de Tuca, recebendo cinquenta reais por dia de trabalho, mas alegaram desconhecer a comercialização das madeiras.
Em sua defesa, José Antônio afirmou que apenas recolhia madeira de árvores mortas e que tinha autorização da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic) para a poda e retirada de lixo. No entanto, o MPBA argumentou que o réu utilizou essa autorização para cometer a atividade ilícita.
Como resultado, Tuca foi condenado a prestar serviços comunitários, pagar multa e prestar uma compensação pecuniária equivalente a dois salários mínimos.