Bahia

Jerônimo minimiza polêmica envolvendo desmatamento em Boipeba: ‘supressão vegetal’

Governador foi criticado nos últimos dias de entregar a ilha pra milionários

Vagner Souza/Salvador FM
Vagner Souza/Salvador FM

O governador Jerônimo Rodrigues foi criticado por ONGs e moradores de entregar a Ilha de Boipeba para milionários. Segundo a denúncia, o petista teria autorizado o desmatamento de ¼  do local, fato que foi negado por ele durante a inauguração do primeiro Centro de Referência às Pessoas com Doença Falciforme, na manhã desta segunda-feira (13).

“As pessoas às vezes não tem culpa da desinformação. Esse processo não é de agora, tem 11 anos. Hoje mesmo eu recebi uma fake [news] dizendo que vai ocupar toda a ilha, aquela área belíssima. Não é verdade, é fake”, afirmou o governador em entrevista coletiva.

Segundo o gestor estadual, o caso já foi aprovado pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente, e ele pediu para o secretário da pasta, Eduardo Sodré Martins, informações adicionais sobre o processo.

“Eu pedi pra que o secretário Eduardo pudesse me dar umas informações, pra gente ver o que que realmente há de ilegal nisso. Nós temos uma lei nacional que estabelece um quantitativo, um tamanho para quem tem a propriedade poder fazer uso dela com respeito a uma lei. Até 20% de, eu não digo de desmatamento, mas de supressão vegetal”, justificou.

O petista afirma que até o momento, a informação que recebeu é de que dois hectares irão passar pela supressão de acordo com os padrões estabelecidos por lei, mas ele se compromete em acompanhar de perto todo o processo, por se tratar de uma área de proteção ambiental.

“A informação que nós temos é de que são dois hectares [que passarão pela supressão], não 20. Não é toda a área. Eu pedi pra que eles pudessem, agora pela manhã, sentar com a Casa Civil, ver se tem alguma coisa, porque o Estado depende de um parecer, de uma legalidade do Poder Judiciário, para qualquer tipo de atitude que seja atitude executiva. Dentro do padrão legislativo, dentro da lei, está dentro do padrão, mas nós cuidaremos por ser uma área de proteção ambiental. Eu quero ver de perto se existe já a compensação que a gente possa exigir e assim, a gente poder retomar a decisão”, garantiu.