O prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, assinou na manhã desta sexta-feira (4) um decreto de estado de emergência para enfrentamento ao mosquito Aedes Aegypti. O documento ainda será publicado nesta sexta. De acordo com o secretário de Saúde da cidade, Paulo Bicalho, a medida é para evitar uma epidemia na região e organizar o combate ao mosquito. Um comitê formado por instituições, sociedade civil e secretarias municipais vai promover uma coletiva na próxima segunda-feira (7), que vai detalhar as ações na cidade.
De acordo com Paulo Bicalho, quatro casos de microcefalia por Zika Vírus foram confirmados na região. Desses, dois são em Itabuna, um em Buerarema e outro em Camamu. Outros seis estão em investigação pela vigilância epidemiológica do município.
Na manhã desta sexta, o governo do estado confirmou seis mortes de bebês na Bahia, um deles em Itabuna. "Nós estamos na estiagem na região sul e deve passar o mês assim. Devido ao racionamento, a população guarda água em vasilhames. Então, o mosquito acaba se proliferando mais. Estamos com um número razoável do Zika Vírus. Segunda, na coletiva, vamos mostrar todos os dados", afirma Bicalho.
Ainda segundo o secretário, Itabuna está com índice de infestação predial de 13,7%, o que é considerado muito alto. O Ministério da Saúde prevê o máximo de 1%.
"Se cada morador fizer uma visita no próprio quintal a cada semana, a proliferação do mosquito será quebrada. O Aedes sobrevive a cada 10, 12 dias, se interromper esse ciclo com essa visita a cada semana, vamos conseguir combatê-lo. Precisamos que a população contribua no combate ao mosquito", pede Bicalho.
O secretário afirmou que o decreto de estado de emergência vai propiciar que sejam materias sejam comprados, profissionais contratados e ainda pretende agregar recursos estaduais e federais para o município desenvolver as ações de combate.
"Com o decreto, queremos viabilizar recursos para colocar em prática as ações que vamos desenvolver. Será um 'faxinaço contra o mosquito'. Nós estamos diante da possibilidade de epidemia na nossa região. Devemos criar um atendimento médico para que as pessoas tenham acesso mais fácil a laboratórios, para não precisar ir a hospitais. O estado de emergência é o principio para organizar esse combate", conclui Bicalho.
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