Bahia

Imóveis do 'Minha Casa Minha Vida' em Juazeiro têm barras de ferro sustentando teto

Rachaduras e infiltrações preocupam residentes dos apartamentos.

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Mil casas do programa ainda não foram entregues (Foto: Reprodução/TV São Francisco)

Moradores de apartamentos do Programa Minha Casa, Minha Vida que ficam às margens da BA-210, em Juazeiro, no norte da Bahia, reclamam de vários problemas etsruturais nos imóveis. Dois anos após a entrega, os apartamentos estão com rachaduras e infiltrações, nas áreas internas e externas.

De acordo com moradores, técnicos da Caixa Econômica Federal, banco responsável pelos contratos do programa, chegaram colocar barras de ferro para sustentar parte do teto de um dos residenciais do programa.

“Não consigo mais dormir e, quando durmo, sonho que está caindo a parede, sonho que o prédio está desabando, porque está sendo um tormento na minha vida”, afirma a dona de casa Valcineide Moreira, que convive com as barras de ferro dentro do imóvel.

Para Henrique Guimarães, advogado especializado em Direito Imobiliário, o banco tem deixado a desejar no acompanhamento dos recursos e da forma de construção desses empreendimentos. "Temos um dado que diz que cerca de 50% dos imóveis entregues pelo programa para a faixa de baixa renda, que compreende até R$ 1.800, tem apresentado problemas de vícios construtivos. Muitos desses empreendimentos são abandonados pelas construtoras no meio do caminho. No entanto, o contrato prevê que a Caixa troque de construtora, mas o banco não tem feito isso", aponta Guimarães. Procurada pelo G1, a Caixa ficou de se posicionar sobre o caso.

Outras mil casas do residencial Dr. Humberto I e II, no mesmo local, ficaram prontas no fim de 2016 e deveriam ter sido entregues logo depois de uma vistoria. As construtoras responsáveis pelas obras, porém, só começaram a fazer a fiscalização em 30 de março. O processo terminou no último dia 17, foram constatadas alguns problemas, e os reparos para que as casas sejam entregues aos moradores ainda não foram iniciados.

Reprodução/G1