O Hospital Regional de Juazeiro, no norte do estado, suspendeu grande parte das consultas e atendimentos ambulatoriais e de ortopedia por falta de verbas que deveriam ter sido repassadas pelo governo do estado. Por causa disso, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município está sobrecarregada.
Após denúncia do sindicato dos médicos da falta de repasse para a associação que administra o hospital, a Justiça bloqueou mais de R$ 11 milhões nas contas do governo. O bloqueio foi pedido pelo procurador André Ângelo Coelho Mororó, em ação civil movida na primeira vara da Fazenda Pública de Juazeiro, e acatado pelo juiz José Góes da Silva Filho.
Desde o último dia 4 de outubro que consultas e atendimentos ambulatoriais e de ortopedia estão suspensos. Com a paralisação, muitas pessoas passaram a procurar a UPA de Juazeiro. Segundo a direção da unidade, houve aumento de 30% da demanda de clínica médica e ortopedia por dia. Eram 250 pacientes e, agora são, em média, 325 atendimentos.
“Nós temos uma demanda aqui de seis leitos de observação. E temos hoje 16 pacientes internados na unidade. Nós temos seis leitos de ortopedia, e temos hoje 12 pacientes. A sala vermelha tem uma demanda, uma capacidade para quatro pacientes. Temos hoje cinco. Pacientes classificados como azul estão sendo direcionados para unidade básica do município”, disse José Carlos Vianna Tanuri Junior, coordenador médico da UPA.
A reportagem da TV São Francisco entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) para saber sobre o bloqueio judicial, mas não houve retorno. A empresa que administra o hospital também foi procurada, mas não deu resposta.
Reprodução/G1 (AO)