O representante da empresa Incorplan, João Caetano Poli, revelou que o grupo comandado pela secretária da Sedur de Camaçari, Juliana Franca Paes, usava o nome do prefeito de Salvador ACM Neto e do Deputado Federal, Paulo Azi, para pedir propina. Em entrevista ao Camaçari Alerta, Poli afirmou que o grupo pediu “na faixa de R$ 1 milhão” para facilitar o projeto imobiliário da empresa na região de Arembepe. Ele não quis revelar o responsável em pedir a propina, por medo de represália, e explicou que “prefere revelar em juízo”. Poli disse, ainda, que outras empresa também sabiam que a Sedur usava os nomes dos dois políticos e fizeram a denúncia junto ao Ministério Público, mas afirmou que acredita que ACM Neto e Paulo Azi não tinham conhecimento dos fatos e que eles usavam o nome dos políticos para dar mais importância ao "negócio". Ao BNews, o promotor de Justiça da 7ª Promotoria em Camaçari, Everardo Yunes, afirmou na tarde desta quinta-feira (15) que o MP tem conhecimento do fato e que foi denunciado por três empresas e cinco testemunhas. Mas, o promotor explicou que apesar de ela usar os nomes do prefeito de Salvador e do deputado federal, "não há provas efetivas de que o que os valores ela recebia, realmente, eram para Paulo Azi e ACM Neto". O promotor revelou, ainda, que hoje pela manhã um funcionário procurou o MP provando que a secretária da Sedur responde por assédio moral a cinco funcionários e disse que ele foi retirado porque não quis participar do esquema.
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