O secretário de Infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcanti, destaca que a solução do problema com as linhas de transmissão é importante para a economia baiana, uma vez que além de atender a região Oeste, as estruturas são importantes para a implantação de novos parques de energia eólica e solar.“A Bahia tem uma política agressiva na área de energia renovável e por isso precisamos muito de uma solução para os problemas com as linhas de transmissão”, acredita. O MME informa através da assessoria de imprensa que acompanha os desdobramentos das tratativas conduzidas pela Aneel sobre os ativos da Abengoa no País, “de forma a adequar o planejamento energético, para entender os impactos para o sistema como um todo e buscando as alternativas para minimizar tais impactos”.
Região Oeste sofre com problemas na transmissão de energia
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ainda não é possível dimensionar o impacto da situação, informa em nota da assessoria de imprensa.
Tio Mário adiou investimento por conta de problemas com a energia elétrica (Foto: Divulgação/Tio Mário)
Notícias do setor energético dão conta de que a empresa Equatorial Energia se uniu ao banco BTG Pactual para comprar os ativos que a Abengoa detém no Brasil. A proposta é formar uma sociedade, na qual a Equatorial seria majoritária e o BTG ficaria com algo entre 40% e 49%. O valor global oferecido pelos ativos é de pouco mais de R$ 1 bilhão.
“A energia oscila muito. Estamos na fase final de um projeto para incrementar a produção em março de 2017”, afirma o sócio-diretor da Frango de Ouro, Nivaldo Evangelista Neves.
Março é quando se espera que uma solução paliativa seja colocada em prática. “Se a gente quisesse colocar o projeto de expansão em prática hoje seria impossível porque não tem disponibilidade de energia”, diz o empresário Adilson Rosa Ribeiro, presidente da Associação das Indústrias do Distrito Industrial de Barreiras (ADIB).
Coelba mantém os planos de investimento na região
Mesmo com os problemas na implantação de linhas de transmissão, de responsabilidade do governo federal, a Coelba mantém um arrojado plano de investimentos na região Oeste, destaca o gerente do Departamento de Planejamento de Rede da Coelba, Joe Tavares. Em 2015 foram investidos R$ 24 milhões na região e em 2016 outros R$ 17 milhões. Segundo ele, em 2017 e em 2018 há previsão de novos investimentos em subestações.
“Nós sabemos que a Coelba só vai crescer como empresa se a Bahia crescer. Estamos todos muito interessados no crescimento da região”, afirma. Em 2015, a Coelba investiu na subestação Rio Preto, este ano os recursos estão sendo investidos na Barreiras-Norte, que vai dobrar de tamanho. “Em 2017 vamos tocar um projeto que vai se estender até o ano seguinte, que é a subestação do Rio Algodão, com investimento de R$ 20 milhões”, diz.
Reprodução: Correio 24 horas