O governador Rui Costa (PT) minimizou nesta quarta (17) a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de rejeitar o pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para afastar o conselheiro Pedro Lino da relatoria do processo da Arena Fonte Nova. O gestor estadual não considerou a manutenção da permanência de Lino na relatoria como uma derrota para o governo.
“De forma alguma. Essa não foi uma ação de governo. Foram só procuradores do Estado que decidiram entrar com a ação. As pessoas que se sentiram ofendidas por ele, dizem que vão acioná-lo juridicamente”, disse Rui Costa, em entrevista ao site local após a abertura do ano legislativo, na Escola Parque. O governador voltou a pôr em xeque a imparcialidade do conselheiro Pedro Lino no julgamento do caso. “Ele foi parcial. Isso é notório. Vocês fizeram matéria três, quatro anos atrás, e ele explicitou a opinião dele antes de o relatório chegar às suas mãos. Uma pessoa que se manifesta seguidamente antes de receber o processo, é o quê?”, questionou.
Em agosto do ano passado, a PGE requereu o impedimento de Pedro Lino no processo da Arena Fonte Nova, alegando que o conselheiro já tinha uma opinião formada antes de analisar o caso.Argumentou ainda que Lino manifestou antecipadamente o seu juízo em entrevistas à imprensa.O relator do pedido de suspeição, conselheiro Inaldo da Paixão, considerou, todavia, que não havia motivo para o afastamento de Lino, uma vez que a entrevista foi “efetivada empós o voto e na linha do que nele foi lançado”. “Neste sentido, entendo que não há nenhuma prova aqui nesses autos produzidas, o que conduz à rejeição da exceção”, declarou Inaldo, que também é presidente da Corte de Contas.
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