A Fundação João Fernandes da Cunha celebrou 32 anos, na noite de terça-feira (21), data do aniversário do fundador da instituição (in memoriam), com concessão da Medalha “Mérito Professor João Fernandes da Cunha” a personalidades, em seu auditório. Em seguida, André Macêdo, um dos homenageados, cantou sucessos de Moraes Moreira para convidados.
Ícone na área das ciências contábeis nos meios acadêmico e bancário, o maior agraciado foi o professor João Fernandes da Cunha, que completaria 103 anos, cujo destaque foi não deixar seu legado ser extinto.
Conforme frisou o presidente da entidade, Silvoney Sales, médico e vereador por quatro mandatos, a FJFC tem um trabalho voltado quase exclusivamente para os setores educacionais e culturais de forma filantrópica.
“Mantemos a biblioteca muito bem montada, emprestando livros, com uma sala de leitura aberta para o público, fazendo eventos sempre voltados para a cultura, com uma harmonia sempre voltada para a necessidade da capital, porque nós sentimos que mesmo Salvador sendo considerada uma cidade das artes e da literatura você percebe que a cada ano as bibliotecas estão desaparecendo e não podemos cruzar os braços e deixar isso acontecer, levando em consideração a importância da leitura para os nossos jovens, para a nossa comunidade em geral”, destacou Silvoney Sales, frisando que a Fundação João Fernandes da Cunha realiza ainda um trabalho com a comunidade e instituições filantrópicas em que muitos intelectuais se fazem presentes para distribuir suas riquezas.
"O homem sonha, a obra nasce"
Reforçando, a vice-presidente e diretora de Planejamento e Articulação, Zenaide Sento-Sé da Cunha Almeida e filha do fundador, sem esconder a emoção, iniciou seu discurso parafraseando o escritor Fernando Pessoa, ao citar que: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.
Segundo ela, com esse lema, aos 71 anos, ao se aposentar, seu pai iniciou o sonho de instituir a Fundação João Fernandes da Cunha. “E foi apoiado por toda família quando instituiu a fundação filantrópica sem fins lucrativos, presidindo-a até 2006, vendo-a prosperar, sendo reconhecida como patrimônio cultural”, orgulha-se, complementando que essa data significa não apenas celebrar o legado dele, mas não deixá-lo morrer.
Condecorado com a Medalha ao Mérito Professor João Fernandes da Cunha, confeccionada pela Casa da Moeda do Brasil, pelo trabalho que realiza contra o racismo religioso, o cônego Lázaro Muniz, elencou que, com muita alegria, recebia a medalha na data em que se homenageava o professor João Fernandes da Cunha, personalidade que com muita luta fez com que a educação se fizesse viva durante todos esses anos.
“E eu venho aproveitar para lembrar que precisamos trabalhar todos os dias pelo respeito em favor das religiões, que a escolha de uma religião por uma pessoa não torna ela inimiga da outra, que a pluralidade religiosa não pode ser entendida como uma chaga da humanidade, mas como uma diversidade que precisa ser entendida, compreendida e respeitada”, conclamou.
Por fim, o também homenageado, vereador Paulo Magalhães Júnior (União) lembrou se tratar de uma data muito importante, sobretudo pela comemoração do aniversário do fundador, o professor João Fernandes da Cunha.
“Por esse trabalho que ele idealizou com muito carinho, com muito amor há muitos anos e hoje tocado também pelo meu colega querido e eterno vereador, Silvoney Sales, com quem eu tive oportunidade de aprender muito no período em que fomos colegas na Câmara, e, ser homenageado por esta instituição tão valorosa, é uma alegria muito grande”, agradeceu.
A Fundação JFC realiza projetos que visam o autodesenvolvimento do ser humano, mediante a educação, ampliando e aperfeiçoando o nível de aprendizagem, informação e conhecimento cultural das pessoas em diferentes faixas etárias, para que possam alcançar a sua própria integração na sociedade. Sua biblioteca com cerca de 18 mil livros é frequentada por estudantes das redes pública e particular.