Chegamos ao final de mais uma edição da Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô) 2021. Repleta das graças baianas e literatura local, com mais de 100 espaços para atividades culturais e shows gratuitos, todo público do evento se despede da Flipelô neste domingo (21) ao som da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba).
Quem pôde prestigiar a festa sabe o quão difícil é ter que dizer adeus a ela. Para Nil, soteropolitana e grande fã da festa literária, é ainda mais complicado ter que dizer tchau já que ela se considera uma grande entusiasta da cultura baiana.
“Foi uma alegria, foi uma coisa muito boa voltar até aqui. Essa é uma oportunidade de prestigiarmos a cultura baiana na nossa cidade. E eu como sou uma grande entusiasta da cultura e literatura baiana não pude deixar de vim e agora, infelizmente, me despedir. Mas que bom que mesmo com as medidas sanitárias podemos prestigiar esse evento. E que venham mais’, completou a visitante e dona do instagram ‘Bahia By Nil’.
Já para o jovem de 24 anos, Victor Sena que estava acompanhado da sua namorada, o evento tem uma importância muito grande para fomentar a arte soteropolitana e se faz necessário em um espaço tão cultural como o Pelourinho. Para Vitor, a melhor atração da festa foi a abertura gratuita do Museu do Carnaval.
“Foram muitos pontos altos, mas conhecer a Casa do Carnaval, eu achei ele muito mais convidativo incorporado a Flipelô. Eu achei tudo a ver com a proposta da festa, ele ficou com outro olhar, pra mim foi uma das atrações que eu mais gostei de conhecer”, declarou Victor ao LDNotícias.
Para as também veteranas no evento Glória Terra e Jane Figueredo a festa foi cheia de boas atrações e importante para suas vidas profissionais já que trabalham na área da cultura e literatura.
“Foi, está sendo, uma adaptação pouco a pouco desde o início da pandemia, mas de qualquer forma é muito positivo e que bom que foi possível a realização da Flipelô nesse modo híbrido, porque aí a gente equilibra um pouco e também volta a encontrar os amigos, os artistas locais, não é? Para mim, que sou ativista cultural e tradutora de literatura africana, é muito importante estar aqui nessa festa porque faz eu me conectar com outros artistas. Foi tudo maravilhoso, pena que chegou ao fim” disse Glória sobre o formato híbrido adotado pela festa e sua experiência como profissional no evento.
Jane finalizou agradecendo aos envolvidos e se despediu da Flipelô com muita emoção. “Venho todo ano. Gostei muito da roda com Itamar Vieira e o espetáculo que retratou a vida de Graciliano Barbosa. Outro ponto alto foi a apresentação do Coral Ecumênico da Bahia que todos os anos estão aqui e marcaram mais uma vez presença, foi uma apresentação arrebatadora assim sabe?! Tanto para o público que acompanha como pra quem acha quem estava de passagem aqui no dia da Consciência Negra’, disse a escritora baiana sobre os momentos favoritos dela na festa.
“Uma pena ter que ir e ver isso tudo sendo desmontado. Me despeço da Flipelô 2021 com um pesar imenso no coração”, finalizou Jane.
Os admiradores da Flipelô podem respirar aliviados porque, segundo a Coordenadora Geral da Flipelô, Ângela Fraga, ano que vem tem mais. E a Salvador FM como rádio oficial da Flipelô vai estar lá cobrindo toda programação.