Descrição, guias de acessibilidade, especialistas em Libras… Estas são algumas das assistências pensadas para incluir pessoas com deficiência na Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), que terá início no dia 01 de novembro. A coordenadora de acessibilidade do evento, Daiane Pina, explicou as estratégias adotadas para incluir este público.
“Guias de acessibilidade e especialistas em Libras vão estar espalhados na Flipelô para servir às pessoas surdas e também pessoas com mobilidade reduzida. Além disso, teremos oficinas de Libras que serão ministradas por um professor surdo, audiodescrição por um professor cego junto comigo. Teremos contação de história acessível para crianças com deficiência, teremos também o espaço 'Acessibilidade e Inclusão’, onde os protagonistas serão pessoas com deficiência […] Vai ser uma diversidade de inclusão para todos, porque a gente pensa que a acessibilidade cultural é um direito de todo mundo”, explicou Pina.
Um jornalista, que é uma pessoa cega, vai lançar um livro durante o evento. Para estas e também para as pessoas surdas, os guias vão estar disponíveis por todo o evento. “Para as pessoas cegas, a gente vai ter também os guias de audiodescrição, que estão nos espaços para fazer a acessibilidade, a descrição das imagens e dos espaços. A mesma coisa as pessoas surdas. Então a gente pensa toda uma logística de onde vai ficar, onde seja melhor a acessibilidade para eles para o transporte”, explicou.
Uma das ações pensadas para a programação deste ano acontecerá no segundo dia de evento. Na ocasião, haverá uma contação de histórias para mães que têm filhos com microcefalia. “A gente faz toda a logística. Vai buscar elas, traz, tem o lanche acessível, tudo de acordo com a alimentação das crianças. Os contadores são professores de educação inclusiva. Então, tudo é pensado para que as pessoas se sintam pertencentes à Flipelô e acolhidas”, destacou Daiane.
Esta não é a primeira vez que o evento tem um olhar voltado para a inclusão. A estratégia já é adotada desde 2018 e busca o aprimoramento a cada edição. ‘Há cinco anos a gente já traz a acessibilidade e a gente espalha os guias, que são pessoas especializadas em atendimento para pessoas com deficiência para que eles possam atender essas famílias”, disse.
Instituições como a como APAE, Fundação Cidade Mãe, Projeto Meu Sorriso , Comitê Brasileiro Paraolímpico, Grupo Gaia, farão ações durante o evento, entre elas, rodas de conversa.
Além de pessoas com deficiência, outro público terá uma atenção especial. “Pessoas de vulnerabilidade social do Pelourinho, que são pessoas que moram na rua e que nós faremos um momento de contação e história para elas, pensando na importância delas se sentirem pertencentes no ambiente ao qual elas estão”, finalizou a coordenadora.