Considerada a maior manifestação religiosa pública do candomblé na Bahia, a Festa de Iemanjá poderá se tornar patrimônio imaterial de Salvador. A Prefeitura, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), abriu o processo de estudo da festa para Registro Especial do Patrimônio Imaterial, visando a inscrição da festa no Livro do Registro Especial dos Eventos e Celebrações.
A notificação pública foi divulgada na edição do Diário Oficial do Município (DOM) desta terça-feira (19). O pedido do registro foi feito em fevereiro deste ano pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Bahia (OAB-BA).
Após essa publicação, a próxima etapa é a elaboração de um dossiê técnico em um prazo de até 18 meses, prorrogáveis por igual período. Em seguida, o dossiê estará disponível por 30 dias para manifestação da sociedade, para posterior encaminhamento ao conselho consultivo do patrimônio e ao prefeito.
Os passos seguintes são a publicação de um decreto pelo prefeito e posterior inscrição da festa de Iemanjá no livro de registro, além do recebimento do título de patrimônio cultural do Município. Após todas essas etapas, um plano de salvaguarda será elaborado com a participação dos pescadores da Colônia de Pescadores Z1, situada no Rio Vermelho.
"Há notícias de que a Festa de Iemanjá vem sendo promovida por pescadores no Rio Vermelho desde a década de 1920, comprovando pertencimento e continuidade histórica. Trata-se de uma das festas populares importantes da cidade, comemorada anualmente no dia 2 de fevereiro, atraindo uma multidão de fiéis e admiradores para prestar homenagens e reverência à rainha das águas", afirma a diretora de Patrimônio e Humanidades da FGM, Milena Tavares.
Celebração – A Festa de Iemanjá, divindade de origem africana, ocorre anualmente no dia 2 de fevereiro. A celebração tem destaque no bairro do Rio Vermelho, na orla marítima de Salvador, mas ocorre também no bairro de Itapuã.
Todos os anos uma enorme fila se forma na Colônia de Pescadores Z1 para a entrega de presentes à rainha do mar. A entrega é feita em centenas de balaios e conta também com o presente principal da colônia.
Fonte: Secom – PMS // Itatiaia Fernandes