Toda a frota de ônibus urbano de Feira de Santana retornouo às garagens das empresas na tarde desta quarta-feira (4). São 115 ônibus da empresa Rosa e 110 da São João que deixaram de circula após determinação do Sindicato dos Rodoviários. O vice-presidente do Sindicato, José Sousa, falou ao Acorda Cidade sobre o assunto:
“Foi dada uma limitar para rodar 160 vans aqui em Feira. Já temos vans legalizadas, temos motoristas por aplicativo, temos táxi e não tem condições. Por isso tivemos essa decisão de tirar os ônibus e deixar as vans rodarem. Não temos como competir com essas 160 vans e queremos garantir nossos empregos, por isso tomamos essa decisão. Agora vamos aguardar alguma posição favorável de tiver essas vans e a gente voltar a operar normalmente”, afirmou.
José Sousa disse ainda que a categoria pretende se reunir na tarde de hoje com os outros modais para debater a situação do transporte público em Feira de Santana.
O advogado e o diretor da Cooperativa de Transportes Alternativo de Passageiro do Alto do Peru, Fazenda Grande do Retiro, São Caetano, Pirajá e Castelo Branco foram até o Ministério Público Estadual nesta manhã conversar com o promotor em relação à paralisação dos ônibus. O diretor Antonio Santos destacou que existe uma decisão judicial, que até então não foi cassada e que prevalece aquilo que a justiça determinou.
Sobre a paralisação dos ônibus, o diretor declarou que cada um defende o seu lado. “Estamos defendendo o nosso e eles estão defendendo o deles, cabe ao município se posicionar”.
O advogado da cooperativa, Toni Franklin comentou sobre a situação da paralisação dos ônibus e cobrou um posicionamento da prefeitura. “É uma total falta de responsabilidade e descumprimento de contrato público e o município deve tomar as devidas medidas, pois coloca toda a população refém da vontade de poucos. Isso é incabível e com certeza existem sanções contratuais para esse tipo de situação”.
O prefeito Colbert Martins Filho determinou que a Secretaria de Transportes do Município notifique as empresas quanto a necessidade do cumprimento de contrato que mantém com o Município para que seja retomado imediatamente o serviço. Também se reuniu com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Alberto Nery, para alerta-lo quanto a ilegalidade da paralisação.
“A decisão judicial realmente é grave, pois autoriza que proprietários de vans não licitados estejam prestando serviço de transporte em dezenas de linhas, urbanas e rurais, causando enorme prejuízo aos que participaram e venceram o processo licitatório”, disse o prefeito.
Além da medida administrativa de notificação quanto a necessidade de garantir a prestação do serviço, o procurador geral do Município, Cleudson Almeida, está se dirigindo ao Tribunal de Justiça da Bahia, acompanhado de advogados representantes das empresas e do sindicato, para buscar uma audiência com o desembargador relator do processo. O objetivo é informar sobre os fatos recentes e lhe apelar para que julgue o recurso.
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