Em reação à intransigência do governo Rui Costa (PT), que impôs mais um ano de reajuste zero e não aceita sequer sentar à mesa com as entidades sindicais para apresentar os números reais da situação financeira do Estado, o funcionalismo vai realizar um dia de protesto, no dia 6 de abril. Os fazendários também participarão, conforme deliberou a assembleia geral do dia 16 de março, paralisando atividades por 24 horas em todas as repartições. Um ato está marcado para o Centro Administrativo. A concentração será às 9h, nas imediações do antigo “Bahia Café Hall”, seguida de passeata até a Governadoria. A mobilização vem sendo puxada pela Fetrab e sindicatos filiados e será a primeira de várias ações unificadas que serão realizadas a partir de abril para pressionar o governo.
Além de não conceder reajuste e nem negociar a pauta geral do funcionalismo, também não estão avançando as conversas nas secretarias e órgãos, em torno das reivindicações específicas, o que mostra ser uma orientação geral o arrocho ao funcionalismo. Os fazendários sabem bem disso, porque há dois anos assistem se arrastarem as negociações com o Gabinete da Fazenda, com pouca coisa concreta sendo resolvida. Estão sem solução questões urgentes como a GDF dos técnicos, o retorno das diárias do Trânsito, a correção do auxílio-transporte, a aquisição de sistemas de fiscalização, a melhoria das condições ambientais no trabalho (em especial nos postos fiscais), falta de pessoal com a insistência da Sefaz em não convocar concurso para Auditor e ATE, não revisão das metas do PDF, entre outras.
FAZENDÁRIOS NA LUTA
Sem reajuste e com perdas provocadas pelo não atendimento dos pleitos específicos, os fazendários estão vendo sua situação financeira se deteriorar, com a perda do que foi conquistado entre 2008 e 2012. A situação mais crítica é dos técnicos administrativos, muitos percebendo o salário base abaixo do mínimo e penalizados, ainda, com o aumento que foi praticado no Planserv em fins de 2015. Mas já afeta também os agentes de tributos e em breve atingirá os auditores fiscais.
É urgente uma resposta ao governo, que mantém-se mudo porque não teve ainda por parte dos servidores uma reação à altura. O Sindsefaz convoca os fazendários a fazerem uma grande paralisação, forte, em todos os setores, um movimento que faça o secretário Manoel Vitório e o governador Rui Costa acordarem para o fosso que está sendo aberto entre a gestão do Estado e os servidores.
O Sindsefaz estará reunindo na segunda (03), 9h, na sede da entidade, o seu Conselho Sindical, ampliado com a comissão de mobilização que foi tirada na última assembleia e outros ativistas da categoria, para garantir os encaminhamentos por uma grande paralisação dia 6 de abril. A sua participação será muito importante para o êxito deste movimento.
Fonte: Sindsefaz
