Feira de Santana

Familiares e amigos se despedem de empresário morto após fugir de blitz

Empresário morreu após desobedecer blitz e ser baleado em perseguição policial em Feira de Santana

Sepultamento de Fernando no Cemitério São Jorge. Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Sepultamento de Fernando no Cemitério São Jorge. Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O corpo do empresário Fernando Alves Souza Coelho foi sepultado na tarde deste domingo (13) no Cemitério São Jorge, em Feira de Santana. Ele morreu na noite deste sábado (12) após fugir de uma blitz da Operação Paz no Trânsito e ser atingido por disparos feitos por policiais militares.

De acordo com a Polícia Militar, os agentes iniciaram uma perseguição e solicitaram reforço de outras guarnições. Durante a fuga, o veículo entrou na Avenida Noide Cerqueira, dirigindo em alta velocidade e na contramão. Uma equipe da CIPE Leste conseguiu interceptar o carro, mas, segundo a PM, o condutor ignorou as ordens de parada e avançou com o veículo em direção aos policiais, que estavam fora das viaturas.

Diante a ação, os agentes dispararam contra o suspeito. O motorista, que foi atingido, recebeu socorro e foi encaminhado a uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. A namorada foi encaminhada para a delegacia de Polícia Civil no Sobradinho.

Despedida

Durante o velório de despedida do empresário, Alisson Freitas, primo de Fernando, relatou ao site Acorda Cidade, Alisson Freitas, que encontrou a namorada da vítima em estado de choque na delegacia.

“Ela estava lá, em choque, com a perna ferida, com bastante sangue na perna. Eu dei todo o meu apoio a ela também, conversei com ela, e ela me explicou o que aconteceu. Ela falou sobre tudo o que ocorreu. Eles realmente tinham bebido um pouquinho, tinham acabado de jantar em um restaurante próximo e, ao voltar, se depararam com a blitz. Ele ficou nervoso, com medo, já que ele já tinha tomado multa outras vezes”, contou Alisson.

Ainda conforme descrito por Alisson, a namorada de Fernanda explicou que o empresário, com medo, retornou ao avistar a barreira policial. “Os policiais perseguiram ele, mandaram ele parar, mas ele não parou. E aí aconteceu o pior, que foi essa fatalidade, vários disparos no carro dele, que acabou causando a morte do meu primo”, declarou.

Boa pessoa

Também ao Acorda Cidade, Michela Cerqueira, irmã de Fernando, falou sobre a perda do irmão.

“Meu irmão era uma pessoa boa. Era uma pessoa trabalhadora. Se hoje ele estava no patamar que ele estava, ele trabalhou demais para conseguir. E hoje estão colocando ele como um criminoso, como se ele fosse um assassino, um traficante. Ele era uma pessoa boa, ajudava a mãe dele. Está aí, desamparada hoje. Ele sustentava a mãe”, externou.