O desfecho das investigações que apuram o assassinato do casal sindicalista Paulo Colombiano e Catarina Galindo parece se aproximar. O crime que aconteceu em Salvador, em 2010, teve o julgamento finalmente marcado para a próxima terça-feira (5/12), no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), no CAB, a partir das 13h30.
Com a aproximação da sessão, amigos e familiares das vítimas se mobilizam nas redes sociais para que a justiça seja cumprida e, mais uma vez, o julgamento não seja adiado. De acordo com Eder Galindo, filho mais velho de Catarina, nesta audiência será feita a leitura de todos os recursos apresentados pela defesa e acusação. Sendo assim, todos aguardam que a condenação de fato aconteça durante no próxima dia 5.
A família também promete mais mobilizações, além das redes sociais, até o dia do julgamento. Nesta segunda-feira (27/11), foi divulgada uma carta aberta criticando o que classificam de “7 anos de impunidade” e questionando o que teriam feito os acusados com os R$ 200 milhões fraudados – motivo que provocou o crime.
Em 2014, a Justiça já havia pronunciado, em primeira instância, que os acusados iriam a júri popular. A decisão também excluiu Cássio do júri popular, sob alegação de insuficiência de provas, mas a família contestou a decisão e recorreu.
O ASSASSINATO
O empresário e oficial aposentado da PM Claudomiro César Ferreira Santana foi apontado pelas investigações como mandante dos assassinatos. A ação teria sido cometida por Adaílton de Jesus, Edilson Araújo e Wagner de Souza, funcionários deles na época.
Claudomiro e seu irmão Cássio Ferreira Santana são sócios da MasterMed, empresa do ramo de planos de saúde, que possuía um contrato com o Sindicato dos Rodoviários, onde Colombiano era tesoureiro.
A análise dos contratos do sindicato feita por Colombiano o levou a concluir que a MasterMed havia aplicado uma fraude milionária na entidade de trabalhadores e essa teria sido a motivação do crime, ainda segundo as investigações.
Enquanto voltavam para casa de carro depois de mais um dia de trabalho, em 29 de junho de 2010, no bairro de Brotas, Colombiano e Catarina foram vítimas de tiros disparados por homens que estavam a bordo de uma motocicleta.
Reprodução: Aratu on line ///MC///AF////