Bahia

Família celebra soltura dos velejadores brasileiros que estavam presos na África: 'Voltar a ser feliz'

Três velejadores foram presos em 2017, em Cabo Verde, e condenados por tráfico internacional de drogas. Justiça do país africano determinou anulação do julgamento e eles vão responder em liberdade.

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Velejadores brasileiros suspeitos de levar 1t de cocaína em barco para Cabo Verde são soltos e vão responder em liberdade â?? Foto: Alex Coelho

"Muito feliz que a Justiça de Cabo Verde, mesmo que tardiamente, tenha corrigido essa trágica injustiça. A gente vai voltar para o mar, vai voltar a ser feliz. Obrigado a todos. As famílias vão voltar a sorrir". Assim, Ubirajara Lima descreve a sensação de ter recebido a notícia da soltura do sobrinho Rodrigo Dantas e dos outros dois velejadores brasileiros, na quinta-feira (7), que tinham sido presos em Cabo Verde, na África, suspeitos de transportarem uma tonelada de cocaína em um barco.

"Agora, é só esperar a justiça liberar os passaportes e ele, se Deus quiser, volta já com o pai. A mãe que iria viajar neste sábado não vai mais para encontrá-lo porque vai encontrá-lo aqui. É o momento de a gente agradecer a todas as famílias, a Justiça, aos políticos que ajudaram, à imprensa", acrescentou Ubirajara.

Os três brasileiros, Rodrigo Dantas, Daniel Dantas e Daniel Guerra, vão responder pelo processo em liberdade. Eles estavam presos após condenação por tráfico internacional de droga. Os brasileiros foram detidos em 2017 e condenados a 10 anos de prisão em março de 2018, mas o julgamento foi anulado. Não há data prevista para novo julgamento, mas enquanto isso, eles vão poder ficar em casa.

A avó de Rodrigo, Terezinha Araújo Lima, de 79 anos, também comemorou a liberdade do neto.

"Passar por uma experiência tão amarga, tão dolorosa, fez a família toda sofrer, e eu adoeci. Agora é sorriso, fé, e que ele volte com a cabecinha boa para retomar a vida, esquecendo o amargo que foi aquela tristeza", disse Terezinha, que ainda revelou que, após a prisão do neto, estava tomando remédios para conseguir dormir.

"O coração tá maior. Ontem, eu gritei, fique alegre, tomei cerveja geladinha pensando nele. Foi muito sofrimento, muita angústia, muita noite sem dormir, tomando remedinho para ajudar, porque o meu pensamento era direto. Quando eu deitava, ficava pensando naquele local horrível em que eles dormiam. Foi muito triste esse período, e graças a Deus que passou", acrescentou.

Rodrigo deve chegar ao Brasil na próxima semana, quando a avó completa 80 anos de idade.

G1 // AO