As exportações baianas registraram US$ 1,012 bilhão no mês de maio de 2022, tendo um crescimento de 17,6% sobre igual mês do ano passado. A informação foi divulgada, nesta quarta-feira (15), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), que diz que esse incremento aconteceu mesmo com a redução nos embarques de derivados de petróleo e é resultado do efeito preço estimulado pelo aumento das cotações internacionais das commodities.
Já as importações alcançaram recorde para o mês na série histórica e chegou a US$ 1,26 bilhão com aumento de 131,6% sobre maio de 2021. De acordo com o orgão, os combustíveis (+195%) e os bens intermediários, como os fertilizantes (aumento de 466% no mês), estão puxando a elevação das compras externas.
Ainda segundo a Superintendência, no acumulado de 2022, as exportações contabilizam US$ 5,18 bilhões, alta de 48,1%, em relação ao mesmo período de 2021. As importações, por sua vez, ficaram em US$ 4,94 bilhões, aumento de 66,3%. Já a corrente comércio, soma de exportações e importações e considerada como um indicador de dinamismo da economia alcançou US$ 10,12 bilhões no período, alta de 56,5%.
Sobre a guerra na Ucrânia, a SEI afirmou que "não foi observado efeito direto da guerra na Ucrânia sobre as exportações e importações baianas. Mas as exportações da Bahia para a África, principalmente devido aos embarques de derivados de petróleo, tem crescido o mesmo acontecendo com as importações de fertilizantes da Rússia, que ao contrário do esperado tiveram expansão, o que pode tanto num caso como no outro, ser um efeito associado ao conflito".