De acordo com informações analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), as exportações baianas, alcançaram, em maio, US$ 854 milhões, valor recorde para o mês desde 2014. Isso por conta do impulsionamento pela valorização de suas principais commodities no mercado internacional, crescendo 28% em relação a maio de 2020.
Nos primeiros cinco meses do ano, as vendas externas da Bahia acumulam um valor de US$ 3,48 bilhões, aumento de 13% e valorização de 30% em seus preços médios, todos comparados ao mesmo período de 2020. Já as importações foram de US$ 540,5 milhões, aumentando 47,9% comparadas a igual mês do ano passado. Apesar do efeito da base baixa de comparação, a maior demanda por bens importados acontece em um momento de recomposição de estoques pela indústria, em um ambiente de escassez interna de suprimentos e de alguma reação na atividade econômica.
Em meio a um cenário de recuperação econômica dos principais parceiros comerciais do estado, como China, Estados Unidos e Argentina, tiveram destaques no mês as vendas de produtos básicos – em especial, soja, algodão, café e derivados de cacau. Houve também forte aumento das vendas de derivados de petróleo (80,2%) e de produtos petroquímicos (63%). As importações, por sua vez, também mantiveram um ritmo positivo, recuperando-se em relação ao ano passado, puxadas, sobretudo, pelas compras de combustíveis, fertilizantes e células solares em módulos ou painéis.
O vice-governador João Leão, secretário do Planejamento, destacou a importância do setor agrícola para a Bahia. “Na última semana comentamos o resultado positivo do PIB no primeiro trimestre que sofreu forte influência da agricultura, ontem saiu a previsão de safra recorde de grãos para este ano. Este resultado das exportações nos mostra mais uma vez a força e importância que o setor agrícola tem para o nosso estado”, comentou.