Bahia

Ex-presidente do TJ-BA deixa prisão após decisão de ministro do STJ; advogado nega delação premiada

Ela está impedida de ter contato com membros do seu gabinete ou outros réus no processo, além de precisar usar monitoramento eletrônico

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A ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Maria do Socorro Barreto Santiago, deixará em instantes o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde está presa desde dezembro de 2019. Ela é acusada pelo Ministério Público Federal de fazer parte de uma quadrilha que vendia sentenças no TJ-BA. A desembargadora nega o cometimento de qualquer crime. 

Advogado da magistrada, Bruno Espinheira afirmou que a decisão foi feita pelo relator da Operação Faroeste no Superior Tribunal de Justiça, o ministro Og Fernandes. “Na última audiência, mostramos didaticamente que tudo recolhido caminha no sentido da inocência da desembargadora. Petição de mais de 20 páginas que apresentamos, com perito aposentado da polícia federal para analisar o processo. Se você quer dizer que um quadro, por exemplo, é fruto de crime, você tem que providenciar a perícia. Ele foi pedagógico em mostrar os equívocos. E mostrou a compatibilidade do patrimônio dela em 40 anos de magistratura descontrói o mito da movimentação”, afirmou Espinheira, ao LDNotícias

O advogado negou que sua cliente tenha firmado acordo de delação premiada para deixar a prisão. “De maneira alguma”, asseverou. Socorro ainda não retorna às suas funções no TJ-BA. Ela está impedida de ter contato com membros do seu gabinete ou outros réus no processo, além de precisar usar monitoramento eletrônico.