Morreu na noite desta segunda-feira (23), aos 90 anos, o ex-governador da Bahia, Lomanto Júnior. Ele estava internado, há 45 dias, no Hospital Português, onde tratava de problemas renais. O velório será na terça-feira (24), no Palácio da Aclamação, em Salvador e na quarta (25), na Catedral de Santo Antônio, em Jequié, no sudoeste da Bahia, cidade onde o político nasceu.
Já o sepultamento está marcado para às 17h, no Cemitério São João Batista, na cidade de Jequié, onde ele nasceu. Lomanto deixa a esposa, Hildete, cinco filhos (Lomanto, Leur, Lilian, Tadeu e Marco Antonio), dez netos e dez bisnetos.
Vida política:
Filho do italiano Antonio Lomanto, mais conhecido como Tote Lomanto, e de Dona Almerinda Miranda ele formou-se em Odontologia em 1946, sendo o orador da turma. Sua verdadeira vocação sempre foi a política, que exerceu no meio acadêmico. Voltando para a terra natal, por pouco tempo exerce a profissão, logo ingressando na política, primeiro como vereador.
Aliado ao governador Otávio Mangabeira, elege-se prefeito, servindo-se do cargo para atrair a atenção de políticos de expressão nacional – o que o colocou na proa do cenário estadual. Iniciou, para isto, uma campanha municipalista, pregando a reforma da Constituição – tendo presidido a “Associação Brasileira dos Municípios”.
Esta administração alavancou sua estatura política, de forma a eleger-se deputado estadual e novamente prefeito, até fazè-lo pleitear a candidatura ao Governo, em 1962. Em Jequié tem sua base eleitoral, fazendo do filho (Leur Lomanto) e do neto (Leur Lomanto Júnior) herdeiros desse legado.
Após o regime militar, sua carreira desviou-se da oposição liberal, fazendo parte do grupo de lideranças que apoiaram a ditadura. Na ARENA, passou a ser mais uma das lideranças sob o comando de Antônio Carlos Magalhães, depois com a redemocratização integrando os quadros do PFL. Perdendo expressão estadual, volta na década de 1990 a ocupar o cargo de prefeito em sua cidade, não mais exercendo cargos públicos.
Foto: Reprodução