Bahia

Ex-funcionários do CSN fazem protesto e secretário diz que atos criminosos terão consequências

De acordo com a Transalvador, a saída da estação da Lapa foi interditada por três ônibus atravessados e pneus furado

Reprodução
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Os funcionários demitidos do Consórcio Salvador Norte (CSN) realizaram um ato no Campo Grande, na capital baiana, na manhã desta segunda-feira (14). De acordo com a Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador), a saída da estação da Lapa foi interditada por três ônibus atravessados e pneus furados.

Nas redes sociais, o Secretário de Mobilidade de Salvador, Fabrizzio Müller, rechaçou a atitude e afirmou que medidas serão tomadas para que os autores sejam punidos. “Não aceitaremos atos como esse, e todas as providências serão tomadas para que os autores (já sendo identificados) respondam criminalmente pelos seus atos”, disse.

Os rodoviários reivindicam o pagamento dos direitos trabalhistas, após a rescisão do contrato do Consórcio com a prefeitura de Salvador, em 27 de março do ano passado. Na época, o prefeito Bruno Reis disse que a decisão foi tomada após relatório de auditoria apontar diversas irregularidades da empresa na gestão do contrato.

Parte dos profissionais foi admitida pelos dois consórcios em operação na cidade (OTTrans e Plataforma). Entretanto, os que não foram contratados, ficaram sem receber o valor a que tinham direito.

Fabrizzio Müller, em sua publicação, ainda pontuou que a maioria dos ex-funcionários do CSN, entende o esforço da Prefeitura em resolver as questões burocráticas, sem colocar mais empregos em risco. “O sistema de transporte coletivo em todo o Brasil ainda sofre com os efeitos da maior crise de sua história, e atos criminosos como este, além de causar transtornos para a cidade, traz riscos às próprias empresas que estão operando”.

Confira a publicação:

“ATO CRIMINOSO E COVARDE CONTRA A POPULAÇÃO DE SALVADOR!

Um grupo pequeno de ex-funcionários da CSN vem promovendo atos criminosos e covardes contra a população de Salvador.

Sabemos que são ações isoladas, promovidas por uma minoria que possui interesses em causar desgastes à Prefeitura.

Todos já sabem que as obrigações trabalhistas são de responsabilidade exclusiva da empresa e não da Prefeitura, que, mesmo assim, vem buscando intermediar soluções que tem como objetivo o pagamento das rescisões dos ex-funcionários.

A maioria dos rodoviários reconhece o esforço que a Prefeitura vem fazendo desde o início desse problema e não aceitam que esse tipo de atitude coloque em risco mais empregos da categoria. O sistema de transporte coletivo em todo o Brasil ainda sofre com os efeitos da maior crise de sua história, e atos criminosos como este, além de causar transtornos para a cidade, traz riscos às próprias empresas que estão operando.

Temos enorme respeito à essa valorosa categoria que transporta e movimenta nossa cidade e continuaremos realizando todos os esforços possíveis dentro das responsabilidades da Prefeitura para a solução definitiva desta situação.

Não aceitaremos atos como esse, e todas as providências serão tomadas para que os autores (já sendo identificados) respondam criminalmente pelos seus atos”