R$ 100 mil

Esposa de policial baiano preso por planejar morte de Lula faz vaquinha para ajudar companheiro

"Teremos custos muito altos com advogado", diz Vanessa, que também é agente da Polícia Federal

Policial federal baiano Wladimir Soares. Foto: Reprodução/Vakinha
Policial federal baiano Wladimir Soares. Foto: Reprodução/Vakinha

A agente da Polícia Federal, Vanessa Isac Monteiro de Oliveira, tem liderado uma vaquinha online para arrecadar R$ 100 mil. O objetivo é ajudar seu companheiro Wladimir Matos Soares, policial federal baiano preso nesta terça-feira (19) por integrar o grupo que planejava matar o presidente Lula.

Na página da vaquinha, Vanessa diz que faz o pedido em seu nome e do filho de Wladimir, João.

“Venho solicitar o apoio de todos os amigos para ajudá-lo nesse momento. Ele [Wladimir] sofreu busca e apreensão e prisão. Foi encaminhado à sede da PF e até o momento não temos informação sobre as acusações. Em razão disso, teremos custos muito altos com advogado. Por isso, solicitamos o apoio dos amigos com qualquer valor”, pediu.

Até o fim da tarde desta terça, a mobilização conseguiu arrecadar R$ 7,2 mil entre 52 apoiadores.

Operação “Contragolpe”

A operação “Contragolpe” deflagrada pela Polícia Federal prendeu quatro militares do Exército, além do policial federal baiano, em uma ação que mirou uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022.

As investigações da Polícia Federal apontaram que Wladimir Matos Soares repassava informações privilegiadas para outros membros do grupo e para integrantes do governo de Jair Bolsonaro (PL). A PF cita, por exemplo, uma mensagem enviada por Wladimir Soares a Sérgio Cordeiro, que era assessor especial da Presidência da República.

“Como rolou aquela situação no prédio da Polícia Federal, ontem, eles acionaram a equipe do COT. E uma equipe do COT, como o LULA estaria ali no prédio, né, do, do MELIÁ, é… uma equipe do COT ficou à disposição, próxima. Então, eles hospedaram essa equipe do COT aqui no WINDSOR (….)”

Ainda de acordo com as investigações da PF, Wladimir Soares tentava confirmar com Cordeiro dados sobre os integrantes da equipe de segurança pessoal de Lula.

Conforme publicação do site G1, uma fonte da PF relatou que Wladimir Soares participou do acampamento golpista junto ao quartel-general do Exército, em Brasília. Após isso, o policial baiano teria sido afastado das funções que o colocassem próximo à equipe de transição.

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