A Secretaria de Manutenção de Salvador (Seman) afirmou que uma combinação de solo úmido e ventos fortes foi a provável causa da queda da árvore na Avenida Tancredo Neves, que matou uma idosa de 80 anos nesta sexta-feira (22) (entenda aqui). Porém, um especialista contestou a versão oficial.
Em entrevista ao site Aratu Online, o meteorologista do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), Heráclio Alves, explicou que seriam necessários ventos médios de aproximadamente 60 km/h para que a espécie fosse derrubada.
Nesta sexta, contudo, o pico registrado na capital baiana foi de 9 km/h. Um documento obtido pelo site mostraria um outro problema: um morador informou o órgão de que as árvores do local precisavam de poda “urgente”, pois ameaçavam os pedestres e motoristas que passam no local. O registro teria sido feito no dia 18 de dezembro, e alerta que há "árvores com galhos longos e pesados e vegetação agressiva, e que podem causar acidentes graves na via".
O secretário de Manutenção, Marcílio Bastos, não negou a informação, mas disse que um técnico foi enviado à região em outubro e “aparentemente não havia urgência” para a poda. Ainda assim, avisou que um projeto de mudança dos vegetais em perímetro urbano deve tornar as ações preventivas da pasta ainda mais “enérgicas”. “Às vezes, somos criticados quando fazemos podas. Seremos muito mais radicais”, adiantou.
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