Quase duas semanas após tragédia que deixou 19 mortos na Baía de Todos-os-Santos, a lancha Cavalo Marinho I, envolvida no acidente, foi desmontada. Segundo a empresa CL Transporte, responsável pela embarcação, o desmonte ocorreu entre segunda e terça-feira (4 e 5 de agosto).
A lancha, que logo após a tragédia ficou presa aos arrecifes de Mar Grande, em Vera Cruz, foi arrastada pelo mar para a praia da Gamboa, em Salvador. A CL Transporte diz que a desmontagem ocorreu após a constatação de que a embarcação já estava praticamente destruída e não tinha mais condições de navegabilidade.
A empresa reforçou em nota ao G1, nesta quarta-feira (6), que a lancha envolvida na tragédia estava com documentação regularizada e que tinha condição de operar. A CL ressaltou, inclusive, que a Capitania dos Portos fez uma vistoria surpresa na lancha no domingo anterior ao acidente e foi totalmente liberada para operação.
Sobre a declaração do comandante da embarcação, que disse que a Cavalo Marinho I não era usada frequentemente e funcionava como veículo auxiliar, a CL Transporte contou que "não existem barcos de reserva na frota da CL. Todos são utilizados de acordo com a escala diária".
Sobre o uso de coletes salva-vidas, a CL argumentou que os equipamentos estavam em perfeitas condições para uso, "tanto que foram fundamentais para o salvamento dos mais de cem sobreviventes".
Também em nota, a CL Transporte destacou que, desde o dia do acidente, a empresa vem atendendo às vítimas. "Desde o auxílio funeral no primeiro momento, até o atendimento com assistentes sociais e psicólogos, feito incialmente na Casa Paroquial de Vera Cruz e agora em visitas às casas das vítimas e suas famílias. Estão sendo entregues medicamentos e foi disponibilizada um linha telefônica exclusiva para atender as demandas".
A empresa também diz que está procurando os sobreviventes e as famílias das vítimas para atender as necessidades. A CL também contou que está tentando junto ao governo do estado o deslocamento do SAC móvel para a emissão dos documentos perdidos no acidente.
Reprodução/G1
