Durante reunião comandante geral da PM traça metas e fala sobre ações no estadoO comandante geral da Polícia Militar, coronel Anselmo Alves Brandão, esteve na manhã desta quinta-feira (14), em Feira de Santana, e participou junto com o coronel Adelmário Xavier, comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL), de uma reunião para traçar metas.
No encontro participaram também policiais das Companhias Independentes 64ª, 65ª, 66ª e 67ª; além das Companhias Especializadas: Rondesp Leste, Batalhão de Guarda, Esquadrões Montada e Asa Branca.
O comandante geral Anselmo Alves destacou que a visita faz parte do plano de metas e de uma ação da PM chamada de “O comandante vai até você”. De acordo com ele, a iniciativa tem o objetivo de ouvir a tropa, trazer mensagens sobre as ações, o plano de trabalho que está sendo executado, tirar dúvidas e dialogar de forma geral.
Para ele, Feira de Santana tem um caráter especial, onde o comando regional tem 100 cidades e o maior número de companhias independentes.
Questionado sobre o número e a situação dos polícias militares na Bahia, o comandante geral informou que desde que assumiu o comando, aproximadamente 3.800 policiais entraram na PM.
“O ideal é que na proporção que os policiais fossem aposentando, fossemos fazendo a reposição. Desde quando assumi, nós já estamos com 3.800 policiais que entraram. Temos uma demanda muito grande de policiais aposentados e o governador Rui Costa já está sinalizando para abrir um novo concurso. Estamos aguardando apenas melhorar a situação do estado e acredito que entre esse ano e o ano que vem teremos uma quantidade boa de policiais militares”, pontuou.
Índices de violência e drogas
A questão das drogas, segundo o comandante geral, é um problema que contribui consideravelmente para o aumento da violência. Além disso, ele relatou que os índices de violência nas cidades do interior tem reduzido, principalmente de ataques a bancos, devido ao mapeamento, monitoramento e a prisão das quadrilhas.
“Hoje a Bahia se destaca em redução de algumas ocorrências, mas tem algumas coisas que têm aumentado a violência, especialmente a questão das drogas. O consumo de drogas tem aumentado muito e em uma categoria que a gente nunca tinha visto. A droga é uma questão que a polícia faz o controle, prende o traficante, mas se tem consumidor dificulta a nossa ação. A situação das cidades do interior em relação aos ataques a bancos, a Bahia, comparada com outros estados está na frente. Esse ano reduziu em 59%. As quadrilhas hoje estão sendo mapeadas, monitoradas. O crime está sendo tratado da forma como ele deve ser com combate, com inteligência e acima de tudo com prevenção”, afirmou.
O comandante geral Anselmo Alves disse também que a Polícia Militar, através das suas tropas especializadas, vem fazendo um trabalho com a Polícia Rodoviária Federal nas rodovias federais, buscando combater a entrada de armas e a ação de traficantes.
Ele contou que o armamento pesado que chega aos bandidos geralmente é facilitado através das fronteiras com outros estados e não é constante a Polícia Militar entrar em confronto com bandidos em posse de fuzis, como ocorreu na noite de quarta-feira (12), em Simões Filho. Existem tropas da polícia especializada que ficam responsáveis por esse trabalho caso haja necessidade.
“A questão do armamento é muito relativa. Nós não somos policiais de enfrentamento de guerra e não é constante a gente estar trocando tiros com bandidos com fuzis. O nosso papel é o policiamento preventivo usando armas convencionais que nós usamos no dia a dia. São elas: a pistola, o revólver, a arma ponto 40 e ponto 30. O fuzil é uma arma de guerra de uso de tropas especializadas e é justamente com as tropas especializadas que esses bandidos tem feito confronto. Com a tropa especializada tem acontecido, mas não com frequência e a gente tem dado suporte”, finalizou.
Na tarde de hoje, o comandante geral segue também para o município de Santo Estevão e vai se reunir com o policiamento da 57ª Companhia Independente.
Reprodução/Acorda Cidade
