A Defensoria Pública da Bahia (DPE-BA) iniciou, no dia 20 de abril, atividades para capacitação sobre o acolhimento de pessoas trans no Conjunto Penal Feminino, com objetivo de desenvolver durante todo o ano com a participação dos servidores da unidade e internas.
As ações do projeto acontecem após a Defensoria ter garantido espaço feminino para uma mulher trans detida em Salvador e também estavam previstas nas recomendações feitas à Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização – SEAP.
Para a coordenadora da Especializada de Direitos Humanos, Lívia Almeida, ainda há muita desinformação por parte dos servidores da unidade penal feminina acerca da transexualidade. “A partir da identificação deste problema, junto a diretora da unidade, decidimos desenvolver essa ação”, declarou.
No primeiro encontro, o coordenador do Ambulatório para Travestis e Transexuais do Centro Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP/SESAB), Ailton Santos, conversou com os servidores da área de Saúde e coordenação da unidade prisional sobre temas ligados à diversidade sexual e de gênero, transexualidade, saúde das pessoas trans e destacou que os encontros podem contribuir para um melhor acolhimento de pessoas travestis e transexuais em custódia.
Os próximos encontros no Conjunto Penal Feminino estão previstos para acontecer nos dias 9 e 10 de maio. Conforme informações da Defensoria, o órgão já está em diálogo com a direção do Conjunto Penal Masculino para realizar atividades de formação na unidade.
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