Três meses, três feriados e cerca de 12 finais de semana. Esse é o tempo que o ferryboat Zumbi dos Palmares, comprado pelo governo em 2014, está longe da Baía de Todos os Santos. E ele não é o único, já que o Juracy Magalhães e o Ivete Sangalo também estão parados.
Segundo a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), os ferries estão parados para que seja realizada a vistoria exigida por lei.
No entanto, a operação no Zumbi, que deveria levar até 90 dias, só deve terminar em novembro — mais de um mês depois do previsto. Enquanto isso, o povo espera sentado — às vezes no chão do ferry — a melhora do serviço.
Vistoria apontou necessidade de reparo no casco do Zumbi dos Palmares
De acordo com a Agerba, no procedimento que exige a retirada dos ferries de operação, são verificadas todas as condições de infraestrutura e segurança. “Reforma de motor, horas máximas de operação dos motores… Tudo isso passa por uma norma da Marinha”, afirmou Eduardo Pessôa, diretor-executivo do órgão.
No caso do Zumbi dos Palmares, o levantamento apontou que deveriam ser feitos reparos no casco. “Foi indicada a necessidade de troca de algumas chapas do casco da embarcação. Realmente está parado desde julho”, disse o diretor-executivo, ponderando que “isso foi amplamente divulgado”. Mas a reforma tem que demorar tanto tempo?
De nove ferries, quatro estão parados
Dos nove ferries que compõem o sistema, quatro estavam sem funcionar. Até a última terça-feira (18), estavam em processo de docagem o Juracy Magalhães e o Zumbi dos Palmares. O Maria Bethânia e o Ivete Sangalo, segundo a Internacional Travessias, também estão em manutenção.
A Agerba culpa o tempo de operação do Juracy pela parada por cerca de 8 meses. “Há uma necessidade bem maior, pois é um barco de 40 anos. O Ivete está parado há mais de 60 dias”, completou Pessoa.
Lista de Multas não chegou; qual a razão?
O Jornal da Metrópole solicitou à Agerba a relação das multas aplicadas à Internacional Travessias e a informação de quantas delas foram pagas. Primeiro, Eduardo Pessôa informou que das 51 multas de 2016, a empresa recorreu de todas — e, por isso, evidentemente, não pagou nenhuma.
Pedimos o detalhamento das multas, e Pessôa alegou que só passaria estas informações se entrasse no ar na Rádio Metrópole e pudesse falar sobre cada uma delas. Qual o problema de enviar a lista?
Fonte: Metro 1
