Bahia

Dirigente do Sindicato dos Rodoviários alerta para possível greve da categoria

O problema gira em torno do contrato entre a Concessionária Salvador Norte (CSN) e a prefeitura de Salvador

Luiz Felipe Fernandez
Luiz Felipe Fernandez

O vereador Thiago Ferreira (PT), dirigente do Sindicato dos Rodoviários, voltou a falar sobre o atraso do pagamento da categoria e ‘descaso’ da gestão do prefeito de Salvador, Bruno Reis em resolver o caso. O problema gira em torno do contrato entre a Concessionária Salvador Norte (CSN) e a prefeitura de Salvador, que foi rescindido em 2021. Meses depois, foi anunciada a venda do terreno situado na Cia-Aeroporto para o pagamento do débito com ex-funcionários, mas Bruno Reis alegou que era necessário aguardar os trâmites legais.

Segundo Thiago, a categoria esperou apenas passar o período eleitoral, mas a pauta irá voltar com força nas próximas semanas. "Estávamos esperando passar o processo eleitoral. A gente ganhou a eleição sem precisar fazer paralisação na rua e não utilizou instrumentos do sindicato dos rodoviários para fazer nenhum tipo de paralisação. Apostamos no diálogo, apostamos na palavra do prefeito que podia ajudar”, afirmou Ferreira em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (8).

De acordo com o vereador, o prefeito terá mais um prazo para resolver a situação. “A gente ainda vai dar mais um tempo, pouco tempo. Mas obviamente que é possível fazer manifestações na cidade para que se restabeleça a mesa de negociações”, garantiu.

Thiago afirma que a melhor solução para resolver esse e outros impasses que envolvem a categoria seria a promoção de uma agenda com diálogos permanentes. 

“Deveria já ter uma agenda permanente de diálogos com o sindicato dos rodoviários, com a CSN, para tentar evitar protestos pesados com a cidade. Mas infelizmente, só quando a gente decreta uma possibilidade de greve, que ele [Bruno Reis] chama pra conversar, diz que a gente é irresponsável. Mas quem tá sendo irresponsável? Ele está sendo irresponsável pela cidade porque está esperando para ver e a gente não quis demonstrar a força que a gente tem durante o período eleitoral para não soar como se a gente tivesse usando o sindicato para fazer política. Agora é hora de sentar na mesa e tentar negociar, se não houver avanço é preciso dar um freio de arrumação”.