Os taxistas de Salvador estão divididos entre aceitar ou não o reajuste anual da tarifa de táxis, que ocorre sempre no mês de janeiro, por causa da concorrência com aplicativos de transporte particular, como o Uber e o 99 Pop, que geralmente cobram preços mais em conta pelas corridas. O percentual de reajuste para esse ano ainda não foi estabelecido, mas já é motivo de discussão.
Enquanto por um lado a categoria teme que o aumento da tarifa possa resultar em perda ainda maior dos clientes para os concorrentes, por outro ficam receosos de ficar no prejuízo sem reajuste de ganho diante da inflação.
Caso decidam recusar o aumento, será o segundo ano consecutivo sem o reajuste, que é com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em janeiro de 2017, o reajuste seria de 7%, mas os taxistas recusaram.
O último aumento na tarifa de táxis ocorreu no início de 2016, quando foi aprovado aumento de 10,48%. Na ocasião, a bandeirada passou de R$ 4,35 para os atuais R$ 4,81. A bandeira 1 subiu para R$ 2,42 por km rodado, e a bandeira 2 para R$ 3,38 por km rodado. O valor para hora parada passou a custar R$ 24,12.
"Apesar da concorrência com o Uber e os demais aplicativos, sou a favor do aumento, porque todas as coisas ficam mais caras, o preço da manutenção sobe todo ano, o valor para a inspeção sobe e não podemos ficar com a tarifa parada. Ao contrário da gente, o Uber não paga imposto e isso tem que ser visto para que concorrência não seja desleal. Portanto, no meu entendimento deve haver reajuste, mas isso vai do entendimento da categoria", afirma o taxista Jorge Alves.
G1//// Figueiredo///