Justiça decidiu nesta terça-feira (26) derrubar a liminar que barrava as obras de construção do Restaurante dos Comerciários, do Serviço Social do Comércio (Sesc), que ocorriam no Salvador Shopping. O espaço será construído para oferecer refeições com preço mais barato aos trabalhadores do centro de compras. A informação foi divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), que administra o Sesc.
As obras estavam suspensas desde a decisão anterior, no dia 26 de junho, após uma ação impetrada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Bahia (Abrasel), que alega que o estacionamento não tem estrutura ideal para o restaurante funcionar e que a comida será vendida a preço inferior aos da praça de alimentação, o que, segundo a entidade, irá diminuir a clientela nos estabelecimentos.
Após a decisão de barrar as obras, a administração do shopping entrou com recurso e, agora, com a nova decisão da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia, as obras podem ser retomadas.
Segundo o advogado Cândido Sá, que defende a Abrasel, eles vão recorrer da decisão. O advogado diz que, quando os lojistas firmaram acordo com o shopping para abrirem os estabelecimentos, não havia previsão de construção de um restaurante como esse, e que, caso o restaurante funcione, vai acarretar grande prejuízo para as lanchonetes e restaurantes da praça de alimentação do shopping.
O projeto do restaurante é uma parceria entre o Sesc e o shopping e deve servir 1.500 refeições por dia, só para trabalhadores com crachá do shopping e carteirinha do Sesc. A previsão era que o espaço ficasse pronto até final de agosto. Agora, de acordo com a administração do Salvador Shopping, a expectativa é que a obra seja retomada na próxima segunda-feira (02), data que deve ser feita a mobilização para a recontratação dos funcionários.
No espaço, o quilo da comida deverá custar cerca de R$ 14, enquanto a média de preço do almoço na praça de alimentação, segundo a administração do shopping, é de mais de R$ 40. O tíquete-refeição dos trabalhadores é de R$ 9, 42.
Reprodução/G1