A deputada estadual Fabíola Mansur (PSB) defendeu nesta segunda-feira, 28, no plenário da Assembleia Legislativa que a Mesa Diretora da Casa reveja a instalação do painel "O Deus de Israel" colocado numa das paredes do plenário por solicitação do deputado sgt PM e pastor Isidório, segundo ele, para contratar com o painel de Carlos Bastos que tem imagens de orixás e até uma simbologia do diabo. Fabíola diz que o Estado é Laico e não se pode confundir um painal artístico dos anos 1970 com um painel com caracteírsita puramente religiosa com destaca a Arca da Aliança e a bíblia.
Mais dois deputados – Marcelino Galo e Luiza Maia, ambos do PT – criticaram a atiude da Mesa em aceitar a colocação do Deus de Israel, ambos destacando a laicidade da Instituição Assembleia e que não comporta elementos religiosos no plenário. Segundo Galo, "a bíblia da Assembleia é a Constituição e a Mesa Diretora deve resivar essa situação". Para a deputada Luiza Maia trata-se de uma situação completamente inusitada um desrespeito ao Estado Laico. Já o deputado Targino Machado (PPS) considerou que os parlamentares baianos ao invés de estarem debatendo questões essenciais no Estado, como a morte de 18 pessoas no naufrágio de Mar Grande e 3.000 homicidios no Estado por ano, ficam comentando sobre Estado Laico e painel de Deus de Israel.
"Esta Casa se apequena com este tipo de debate. Defendo que o estandarte de Deus deveria ter em todas as casas independente de Deus ser do Brasil ou de outra Nação (Israel)", frisou o parlamentar.
Para o deputado Isidório a Constituição estabelece o termo "em nome de Deus" e nada mais justo do que a Assembleia ter no plenário um painel do Deus de Israel e da Arca da Aliança, até para corrigir esse outro painel (de Carlos Bastos) que tem a Procissão dos Navegantes (simbolo católico), tem yemanjá, ogum e oxóssi (do candomblé) e a simbologia do diabo num tridente, frisou.
Segundo a deputada Fabíola Mansur o presidente da Casa, Angelo Coronel lhe assegurou que a decisão de instalar o Painel Deus de Israel foi da Mesa Diretora. Para Fabíola a Assembleia precisa rever sua posição, levar o assunto ao debate no plenário, pois, "esta Casa é de domínio público e a obra artística de Carlos Bastos não teve o objetivo de retratar aspectos religiosos e sim a tradição do povo baiano".
Reprodução: Bahia Já