Advogado criminalista, professor de graduação e pós-graduação em Direito Penal, Marnho Soares comentou, nas redes sociais, a liberdade provisória concedida a Cátia Raulino.
Para Soares, Raulino — que é processada por plágio e por, supostamente, falsificar documentos públicos e privados como diplomas — beneficiou-se do racismo.
"Por questão de honestidade intelectual, afirmo: Cátia Raulino tem o direito sim de responder o processo penal em liberdade, pois ela é só mais uma “171” que se beneficiou de uma sociedade racista", afirmou.
Cátia Raulino dizia ser formada em Direito, com mestrado, doutorado e pós-doutorado, e passou a ser investigada depois que alunas de uma faculdade particular em Salvador denunciaram que tiveram artigos plagiados por ela.
Um dos advogados formado em uma das turmas em que a falsa professora lecionava acionou o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) contra a ela, pedindo indenização de R$ 30 mil.
A acusada chegou a apresentar documentos à polícia para tentar comprovar que os títulos eram reais, mas o delegado Antônio Carlos Magalhães, titular da delegacia da Boca do Rio (9ª DT), que investiga o caso, disse que nenhum deles era um diploma ou equivalia aos títulos que Cátia dizia possuir.