Voo Livre II

Criador de aves silvestres é alvo de operação da PF em Lauro de Freitas

A operação é desdobramento da Voo Livre, deflagrada em março deste ano

Foto: PF/Ilustrativa
Foto: PF/Ilustrativa

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (5) a Operação Voo Livre II. A ação visa cumprir mandado judicial decorrente de investigação relativa ao tráfico ilegal de animais na Bahia. Um mandado de busca e apreensão teve como alvo um criador de aves silvestres e exóticas em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.

Os agentes da PF contaram com apoio de servidores do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Espécimes em situação irregular foram apreendidas.

Aves silvestres e exóticas

A operação é desdobramento da Voo Livre, deflagrada em março deste ano. Na ocasião, foram cumpridos, com apoio da Companhia de Policiamento Ambiental (Coppa/PM), nove mandados de busca e apreensão. A autorização judicial foi expedida pela 17ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia.

Foto: Divulgação/PF/Ilustrativa

No decorrer da apuração, a PF identificou uma associação criminosa formada por comerciantes de aves ilegais, da fauna silvestre e exótica. Segundo a investigação, o grupo negocia animais de difícil reprodução, como Araras e Tucanos, em cativeiro. A prática indica que muitos tenham sido retirados ainda filhotes da natureza, para anilhamento, criação e revenda.

Os investigados pela comercialização ilegal das aves podem responder pelos crimes de tráfico e maus-tratos de animais. Também são investigados por associação criminosa, receptação e falsificação de selo ou sinal.

Desequilíbrio ambiental

O tráfico de animais silvestres causa enorme prejuízo à fauna brasileira. A ação causa graves desequilíbrios ambientais, inclusive, em ecossistemas protegidos, podendo expor determinadas espécies ao risco de extinção.

Desta forma, a criação de animais silvestres somente é permitida, quando adquiridos de criadores comerciais registrados no Ibama. Os criadores ainda devem possuir Cadastro Técnico Federal (CFT) e autorização no Sistema Nacional de Gestão de Fauna (SisFauna).

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