Bahia

Covid 'atrapalha' dia de Iemanjá em Salvador 

"Este é o segundo ano consecutivo que a festa não acontece. Esperamos que no próximo ano ela possa voltar a ocorrer e não apenas a festa de Iemanjá, mas também as demais", comentou Leonel Monteiro

Paula Fróes/GOVBA
Paula Fróes/GOVBA

Pelo segundo ano consecutivo, a pandemia do coronavírus impede que a festa de Iemanjá seja realizada de forma plena, com público e festa nas rias. 

Para que as tradições sejam mantidas e a natureza preservada, a Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis) recomenda que as oferendas colocadas no mar, nesta quarta-feira (2 de fevereiro), data das homenagens a Iemanjá, observem os critérios de sustentabilidade.

Por força da pandemia, os festejos em homenagem à Rainha do Mar, que atraem milhares de fiéis, anualmente, para o bairro do Rio Vermelho, estão suspensos, mas a tradição de presentear Iemanjá tende a ser mantida por muitos devotos. Nestes casos, a Secis orienta ao público utilizar materiais biodegradáveis, a exemplo de folhas de bananeira, como recipientes das oferendas.

O presidente da Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro Ameríndia (AFA), Leonel Monteiro, afirmou que a festividade é uma tradição que movimenta a cultura da cidade e que a expectativa é de que a celebração possa ocorrer com segurança, no próximo ano. 

"Este é o segundo ano consecutivo que a festa não acontece. Esperamos que no próximo ano ela possa voltar a ocorrer e não apenas a festa de Iemanjá, mas também as demais", comentou.

Segurança sanitária – Além do cuidado com os presentes, a recomendação municipal é que os fiéis não se aglomerem no Rio Vermelho, ponto tradicional da festa, para entregar os presentes à Rainha do Mar. A orientação da Prefeitura é que os devotos busquem outros pontos da orla marítima da capital para fazer suas reverências, de forma a evitar a disseminação do coronavírus.