Bahia

Corpo do antropólogo Roberto Albergaria é sepultado em Salvador

Emocionados, amigos e o irmão de Albergaria acompanharam o velório

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O corpo do antropólogo e historiador Roberto Albergaria de Oliveira, 65 anos, foi sepultado no final da manhã deste domingo (5) no cemitério do Campo Santo, em Salvador. Emocionados, amigos, ex-alunos, admiradores e o irmão de Albergaria acompanharam o velório.

Visivelmente abalado, o apresentador da Rádio Metrópole Mário Kértesz não conseguiu falar com a imprensa. Amigos da rádio, onde Albergaria atuou como comentarista por 15 anos, e da Ufba, onde ele trabalhou como professor, se despediram emocionados. Também estavam presentes o ex-presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB) Luis Mott, o reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) João Carlos Salles

Albergaria lutava contra depressão
Professor aposentado da Ufba e conhecido por suas participações como comentarista na Rádio Metrópole, Albergaria foi encontrado, já sem vida, por amigos, dentro da casa onde morava sozinho, na sexta. Nos últimos anos, o antropólogo vivia afastado da família.

“É uma história longa e muito complexa. Ele criou um afastamento, mas prefiro não falar sobre isso. Ele tinha uma imagem pública diferente da real. De fato, houve um afastamento nos últimos sete, oito anos", declarou o único irmão vivo de Albergaria, o engenheiro químico Walter Francisco de Oliveira, 70.

De acordo com a delegada Marilena Lima, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que acompanhou a perícia, ainda não se sabe a causa da morte do antropólogo. “Não há indícios de violência. Na casa dele tinham algumas garrafas de uísque, cheias e vazias, e muitos medicamentos. Precisaremos esperar a avaliação do Instituto Médico Legal”. 

Uma vizinha que não quis se identificar revelou que Albergaria estava agitado no dia anterior. “Foi o dia todo assim. Ele estava muito estranho e desacreditado. Normalmente a gente o ajudava, por conta da cadeira de rodas (que ele estava em função do agravamento da sua locomoção), mas ontem ele não estava querendo a ajuda de ninguém. Chamamos a polícia durante o dia para tentar acalmá-lo e pela noite chamamos o Samu”, revelou.

Foto: Reprodução/Correio24h