O óleo usado na cozinha pelos moradores do condomínio pode ser revertido em desconto na conta de energia das áreas comuns, ou seja, a conta de luz do condomínio.
Para tanto, é preciso conscientizar todos sobre o descarte apropriado para o óleo, a ser recolhido pela Coelba, como parte das ações do projeto Vale Luz, que integra o programa de eficiência energética da concessionária.
A iniciativa, que já previa descontos no recolhimento de resíduos sólidos recicláveis (papel, plástico e alumínio), agora inclui a coleta do óleo de cozinha. E aí tanto faz se o óleo é de soja, girassol, canola, gergelim, amendoim, de milho, de coco, de algodão e de mamona, tudo vale, até mesmo o azeite de oliva e o azeite de dendê.
Como fazer
As instruções da Coelba para os moradores são as seguintes: após utilizar o óleo, é necessário deixá-lo esfriar completamente. O armazenamento deve ser feito em garrafa PET transparente de refrigerante ou água, "que deve estar bem limpa, sem qualquer resíduo anterior", frisa Virgínia.
Outra orientação é usar um funil para facilitar a entrada do óleo na garrafa e um coador plástico para evitar despejar resíduos de alimento. Conforme for utilizado, o óleo deve ser armazenado nas garrafas bem fechadas para evitar vazamentos.
Quando a garrafa estiver completamente cheia, os moradores devem despejar o conteúdo na bombona do condomínio, de 50 litros. Cada condomínio compra apenas uma primeira bombona, que custa, em média, R$ 30. Depois, quando for recolher o produto, a Coelba leva a bombona cheia e deixa uma vazia para que seja novamente usada para o descarte do óleo.
A Coelba faz a coleta no condomínio a cada semana ou quinzenalmente, a depender do volume do condomínio. Em média, cada bombona cheia representa um desconto de R$ 15 na fatura de energia.
Inscrição
Para participar, o condomínio precisa estar inscrito no projeto Vale Luz Condomínio, que integra o Programa de Eficiência Energética da concessionária. O síndico deve solicitar a participação no projeto Vale Luz por meio do e-mail: [email protected]. Ele receberá um formulário para ser preenchido e entregue pelo mesmo e-mail.
A Coelba faz, então, uma avaliação: é preciso que o condomínio atenda a alguns pré-requisitos, como ser residencial e não ter convênio ou parceria com cooperativas ou associações de catadores de materiais recicláveis.
No Condomínio Morada Alto do Imbuí, no bairro de mesmo nome, em Salvador, já era feita a armazenagem do óleo de cozinha: "Além da questão ambiental, a eliminação do despejo do óleo nas pias implica redução dos custos de manutenção das tubulações do condomínio", diz a síndica Elane Graziele. "Desde que adotamos a coleta do óleo de cozinha, passamos a realizar a manutenção de seis em seis meses, em média".
O custo com o serviço no condomínio dela, que reúne 394 apartamentos em duas torres, é de, aproximadamente, R$ 3 mil. "Agora, a gente vai agregar as vantagem do descarte ambientalmente mais adequado do óleo ao desconto na conta de energia", completa.
A Coelba informa que o morador que quiser obter desconto na conta da residência também pode participar do projeto, levando as garrafas PET de óleo para os postos no Salvador Shopping e no Salvador Norte Shopping. No condomínio, entretanto, terá mais comodidade, não tendo que se deslocar de casa.
A Tarde///AF/////