Após reunião realizada na quarta-feira (22) com representantes do segmento de bares e restaurantes de Salvador, a Comissão Permanente de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Relações Internacionais da Câmara Municipal, presidida pelo vereador Claudio Tinoco (DEM), solicitará a flexibilização do horário de funcionamento estabelecido para o setor pela prefeitura no protocolo de reabertura.
A proposta da Comissão é incluir pelo menos dois períodos, de forma a atender às características diversas de estabelecimentos que abrem para almoço e aqueles que funcionam no período noturno. A Prefeitura de Salvador ainda não divulgou protocolo específico para a área. "Essa medida é importante para garantir o funcionamento de locais que atendem a públicos com perfis diferentes. Não adianta um restaurante que abre no período noturno, em um bairro com hábitos noturnos, ser engessado em uma faixa de horário em que o comércio dele não funciona. Então vamos dialogar com a Prefeitura para que o protocolo, quando divulgado, atenda a esses perfis", afirmou o vereador Claudio Tinoco.
Chegando ao platô
A reunião realizada contou com a presença dos vereadores Luiz Carlos (Republicanos), José Trindade (PSB), Marcelle Moraes (DEM) e Helio Ferreira (PCdoB). Participaram representantes de entidades do segmento, como Luiz Henrique Amaral, presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-BA); Sílvio Pessoa, presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA); e Almir Pereira da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis (Sindihotéis).
O secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, apresentou a atual situação da pandemia do coronavírus na Bahia, destacando o declínio da velocidade do crescimento de casos em Salvador, ao contrário do que acontece no interior do estado. “Há 30 dias Salvador tinha 56% de todos os casos da Bahia. Essa taxa já chegou a alcançar 64% e hoje a capital tem 38% dos casos do estado. A velocidade de crescimento no interior é muito maior do que na capital. Além disso, em geral, houve uma redução do número de casos ativos em toda a Bahia”, explicou o secretário. Vilas-Boas ainda afirmou que acredita que o estado está chegando em uma fase de platô e que os casos podem começar a reduzir no mês de agosto.
Já os representantes dos bares e restaurantes destacaram as dificuldades financeiras enfrentadas pelas empresas e trabalhadores por conta da pandemia. A situação de hotéis fechados, bares autorizados a abrir com delivery e drive thru, além do grande número de demitidos também foram temas abordados pelos convidados durante a reunião.
Luiz Henrique do Amaral solicitou que as entidades representativas tenham acesso aos protocolos da categoria antes da divulgação para a sociedade, para uma melhor orientação e preparação do setor. A Comissão decidiu que irá abrir diálogo com a Casa Civil e com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) para mediar as requisições do segmento.
Sílvio Pessoa defendeu que os bares e restaurantes fossem incluídos ainda na primeira fase de reabertura do comércio, para minimizar os prejuízos do setor. Como resposta, a Comissão irá solicitar uma flexibilização de condicionante para a abertura da segunda fase: garantir a abertura com 70% da taxa de ocupação dos leitos de UTI ou após 14 dias da abertura da primeira fase.
Almir Pereira, do Sindihotéis, falou sobre a dificuldade dos trabalhadores da área, que ou foram demitidos ou estão com os contratos suspensos por conta da pandemia. A Comissão ainda irá requisitar a inclusão do Rio Vermelho na lista de bairros autorizados a utilizar espaço público durante a reabertura.
Fonte da notícia: Diretoria de Comunicação da CMS
da Redação do LD